Posição da AFBNB


 Segundo matéria divulgada pelo jornal O Povo no dia 13 de abril de 2012, a decisão do governo federal de retirar do BNB a exclusividade das operações do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) foi criticada por economistas, que temem o esvaziamento do banco.

 
Na opinião do economista Francisco José Lima Matos, diretor da área de ciência e tecnologia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará – FIEC – a medida é “um verdadeiro absurdo”, pois, ao contrário do que argumenta o Governo Federal, acabará por reduzir os recursos para o Nordeste e aumentará o custo do dinheiro para o tomador.
 
“Se os bancos vão assumir o risco de 100% das operações, o dinheiro vai ficar mais caro. Isso vai prejudicar os empresários”, analisa. A mesma opinião é partilhada por Henrique Marinho, economista aposentado do Banco Central (BC) e professor da Universidade de Fortaleza (Unifor).
 
“O FDNE não tem a ver com o risco, mas com a política do governo de esvaziar o banco”. Ele explica que o problema do banco, hoje, é de aporte de capital, o que poderá ser resolvido com a aprovação da emenda apresentada pelo senador Inácio Arruda à MP 564/12, autorizando o aporte de R$ 10 bilhões ao BNB.
 
Apesar de não se contrapor à decisão do governo de acabar com a exclusividade do banco nas operações do FDNE, o diretor de Gestão e Desenvolvimento do BNB, José Sydrião de Alencar Júnior, garante que, atualmente, “o banco está preparado para o risco de 100%”, nas operações do fundo. “Isso pela própria capacidade e experiência do BNB na análise de projetos e na condução das operações”, afirma.