Em pronunciamento feito na quarta-feira, 7 de março, o senador Inácio Arruda defendeu o Banco do Nordeste e criticou a intenção de fechar sua sede em Brasília, e questionou, indignado: “Sinceramente, de quem é essa cabeça? De quem é esse cérebro? Quem é esse gênio? Uma instituição como o Banco do Nordeste tem de ter uma agência importantíssima em Brasília, bem pertinho do Palácio do Planalto, bem pertinho do ministro da Fazenda, bem pertinho da ministra do Planejamento, para que essas instituições possam compreender o seu papel, para que não possam perdê-lo de vista nunca e saberem que é uma importante agência de financiamento do progresso e do desenvolvimento da nossa região”.
Segundo o parlamentar cearense, além de na Capital Federal, o BNB também deve ser ativo em outros estados. Inácio afirmou que aprendeu que, “para ter progresso e desenvolvimento na nossa região, precisamos fortalecer as nossas instituições, especialmente aquelas que têm a responsabilidade de financiar o nosso desenvolvimento. Ao contrário de perder as atribuições, o Banco do Nordeste deve buscá-la. Deve ser ativo. Não pode ser defensivo. Não pode ter uma política de se encolher lá na sua sede, em Passaré, em Fortaleza. Não pode ficar encolhido ali. Não pode ficar escondido em algum lugar”.
Destacando a necessidade de o Brasil ter um plano de desenvolvimento nacional e o Nordeste ter também seu projeto próprio, o senador argumentou que “o Banco do Nordeste deveria ter umas quatro ou cinco agências captando recursos em São Paulo, no Rio de Janeiro, porque são os principais centros econômicos do Brasil e nós deveríamos inverter a lógica. Grande parte das instituições financeiras, privadas e públicas, capta no Nordeste, capta no Norte e geralmente aplica no Sudeste. Fazem uma espécie de sucção na nossa região. Vão lá captar o recurso do pequeno poupador, lá no Mato Grosso, e levam para o Sudeste. Vão numa cidadezinha fronteiriça do Ceará com o Piauí e captam os recursos para a Região Sudeste, agências financeiras públicas e privadas”.
Inácio finalizou conclamando que se reflita sobre o papel o BNB e que os nordestinos lutem por ela e enfrentem “aqueles que restam por este Brasil afora com o pensamento ainda atrasado de que uma instituição tão importante, pública, não pode cumprir o seu papel de desenvolvimento de forma adequada na nossa região”.