Índia mostra poder militar e força cultural no Dia da República


A Índia exibiu nesta quinta (26) parte de seu moderno equipamento militar e seu rico patrimônio cultural ao celebrar com um brilhante desfile em Nova Déli o aniversário de 63 anos da proclamação da República.

 
A cerimônia iniciou-se com a colocação de uma oferenda floral pelo premiê Manmohan Singh diante do mausoléu do Soldado Desconhecido na monumental Porta da Índia, ao extremo de Raj Path (Avenida dos Reis), cuja largura é quase igual à de um campo de futebol e por onde passou o desfile.
 
Representantes das três forças armadas e uma impressionante mobilização de meios bélicos, desde tanques e canhões antiaéreos até o poderoso míssil Agni-IV, desfilaram diante da presidenta Pratibha Patil em sua condição de chefa suprema das Forças Armadas. 
 
Pela primeira vez em um desfile pelo Dia da República, o contingente da Força Aérea teve a sua frente uma mulher, a tenente Sneha Shekhawatn. No ar, modernos helicópteros e aviões de combate realizavam diversas manobras.
 
Exibições coreográficas de 23 dos 28 estados da Índia e dos ministérios centrais -a maioria delas integradas por crianças- concederam um particular tom colorido à celebração ao expor a magnificência da milenária cultura da nação sul-asiática.
 
Junto a Singh, Patil e as demais autoridades do governo e das Forças Armadas, presenciou o desfile a primeira ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, em qualidade de convidada de honra às celebrações.
 
A cerimônia terminou com o canto do hino nacional pelas centenas de milhares de pessoas que presenciaram a parada militar.
 
Medidas contra atentados
 
As festividades pelo Dia da República estiveram rodeadas de fortes medidas de segurança em toda a Índia, como uma triste lembrança dos ataques terroristas de que o país tem sido vítima.
 
Em Nova Déli foram mobilizados mais de 25 mil policiais e forças paramilitares, enquanto nos edifícios mais altos instalaram-se francoatiradores.
 
Esta cena replicou-se em menor escala nos demais povoados e cidades da Índia, sobretudo naqueles que por razões históricas ou contemporâneas podiam temer ações contrárias à celebração da data.
 
Assim ocorreu na porção da Caxemira ocupada pela Índia, um território cuja soberania reivindica o Paquistão e que foi motivo de duas das três guerras livradas por ambas nações desde sua independência do império britânico em 1947.
 
Também no nordeste estado de Assam, onde se mantêm ativos vários grupos guerrilheiros.
 
Em Mumbai, cidade mais populosa do país e frequentemente alvo de ataques terroristas, as medidas de segurança inclusive superaram as adotadas em Nova Déli ao serem colocados cerca de 40 mil policiais para patrulhar as ruas.