Os países-membros da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América), Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua e Venezuela, se dissociaram da declaração final da 8ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), que aconteceu em Genebra.
Os cinco países argumentaram falta de transparência e práticas excludentes e não democráticas como razão para não assinarem o documento. Além disso, eles emitiram um comunicado no qual criticam atuações da OMC que favorecem a exclusão.
O texto foi incluído na declaração final da Conferência e indica que o documento "representa apenas a opinião de alguns membros, motivo pelo qual nos separamos do consenso".
As delegações denunciaram que "a OMC se converteu em uma organização que não está liderada por seus membros, que a tomada de decisões não se faz por consenso e que as reuniões de negociação não estão abertas à participação de todos os membros".
O vice-ministro equatoriano do Comércio Exterior e Integração Econômica, Francisco Rivadeneira, esclareceu que os países da Alba não querem "colocar obstáculos no processo, por isso, não pensamos em nenhum momento em frear o processo da Conferência Ministerial".
Como chefe da delegação do Equador, ele apontou que desejam "chamar a atenção para fora [da OMC] sobre o fato de que não estamos concordando que, quando decisões fundamentais são tomadas, não participem do processo de negociação todos os membros do órgão".
Por sua vez, Cuba denunciou a falta de consenso e afirmou que o texto sobre orientações políticas foi negociado por um grupo reduzido de membros e que se impediu que a maioria dos países em desenvolvimento refletissem suas preocupações.