A segunda etapa de obras do Aeroporto de Jericoacoara, no Ceará, que compreende a construção do terminal de passageiros, está em execução. O contrato foi assinado entre a secretaria do Turismo do Estado (Setur) e a empresa vencedora da licitação (Poly Construções) e a obra terá um prazo de 360 dias para execução. O investimento, no aeroporto que está sendo instalado no município de Cruz, é de R$ 9,2 milhões.
De acordo com dados da Setur, o projeto do terminal de passageiros terá uma aparência rústica, com detalhes e janelas em parede e vidro e cobertura de taubilhas, que é uma espécie de telha de madeira. Já a pista de pouso terá comprimento de 2,2 mil metros e 45 de largura, o que permite o pouso e decolagem de aeronaves de grande porte, como o Boeing 767-300, aeronave padrão para o projeto. Somado a isso, estão previstas áreas para alfândega e Polícia Federal. Isso significa que o aeroporto vai receber voos internacionais diretos, sem a necessidade de conexão no Aeroporto Internacional Pinto Martins.
Para preservar o Parque Nacional de Jericoacoara e permitir futuras ações de manejo e desenvolvimento sustentável, o equipamento está sendo instalado no município de Cruz, a 22 quilômetros da sede, a 18 km de Jijoca de Jericoacoara, a aproximadamente 25 km da praia de Jericoacoara e a 10,3 km do parque.
A primeira etapa da obra, referente à construção da pista de
pouso e decolagem, pátio de estacionamento e pista de táxi está sendo realizada pelo consórcio Contern-SBS, formado pelas empresas Contern Construções e Comércio Ltda. e SBS Engenharia e Construções Ltda. A previsão é de que esta primeira etapa seja concluída até o final do primeiro semestre de 2012. Este lote, orçado em R$ 44 milhões tem recursos oriundos do Tesouro Estadual e do Ministério do Turismo.
Projetado para ser um dos principais vetores do turismo no Ceará, o Aeroporto de Jericoacoara, com capacidade de 1,2 mil vôos por ano, deve incrementar o fluxo turístico do Litoral Oeste. Além disso, encurtará o tempo de viagem entre Fortaleza e Jericoacoara, passando das atuais cinco horas para apenas uma hora. A viagem ficará mais cômoda e barata, pois, atualmente, são necessárias cinco horas para percorrer os 314 quilômetros de estradas e dunas.
Outros benefícios são a melhora da logística para escoamento da produção das regiões Norte e da Ibiapaba e o desafogamento do Aeroporto Internacional Pinto Martins, com a possibilidade de ter a capital como ponte para se chegar a mais famosa praia do estado.