O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, advertiu nesta quinta-feira (13) que pouco se transmite sobre a repressão a protestos nos Estados Unidos e na Europa, e culpou o capitalismo por toda a convulsão atual.
"Vejam vocês a repressão nos EUA, o pouco que transmitem, também na Grécia e em toda a Europa. O mundo está convulsionado", disse Chávez, referindo-se às manifestações dos últimos dias em várias cidades dos EUA, como Washington, Nova York, Boston, Los Angeles, San Francisco e Chicago, assim como em vários países europeus.
O líder anti-imperialista venezuelano atribuiu a convulsão ao capitalismo, um sistema "contrário à vida, ao ser humano".
Chávez considerou que a situação mundial "é um dos argumentos mais poderosos" para convencer os indecisos a somar-se à coalizão Grande Polo Patriótico, com a qual buscará uma terceira reeleição no pleito presidencial de 7 de outubro de 2012.
"Comparemos a Venezuela de hoje com a de 20 anos atrás, a de 15 atrás. Era um país convulsiionado, desestabilizado. A Venezuela era praticamente um país ingovernável e com uma tendência perigosíssima rumo ao caos, a uma anarquia terrível de violência", apontou.
Atualmente, no entanto, "por mais que pretenda a burguesia, nenhuma força interna ou externa, ou combinada, pode desestabilizar o país", disse Chávez.
O presidente venezuelano Hugo Chávez é no mundo contemporâneo uma das vozes mais lúcidas na denúncia das mazelas do capitalismo, na luta contra a política intervencionista do imperialismo norte-americano e no chamamento aos povos para se rebelar contra a ordem vigente e combater por um mundo de paz, progresso social e justiça.