A Fundação do Câncer, principal parceira privada do Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, disponibilizou um novo programa de computador do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome Net) para mais de 100 hemocentros e laboratórios do País que fazem cadastramento, coleta e exames de compatibilidade de doadores.
O coordenador do Redome, Luís Fernando Bouzas, disse nesta quinta-feira (14) que a nova ferramenta vai organizar, permitir melhores controles e fazer com que o cadastro seja mais confiável. “Lá na frente, acaba por facilitar na hora em que a gente precisa achar um doador.”
A ferramenta permite que, o hemocentro faça em tempo real o cadastramento de um doador e entre com esses dados no sistema, facilitando o controle, para evitar duplicidade ou existência de homônimos. Bouzas destacou que o novo programa vai conferir mais agilidade e qualidade ao cadastro de doadores.
O programa também identificará os gargalos que surgirem, permitindo à Fundação do Câncer intervir para descobrir, por exemplo, por que um hemocentro está demorando para repassar as amostras de sangue aos laboratórios. O sistema proporcionará ainda maior controle sobre as campanhas de doação.
O cadastro de doadores de medula óssea cresce a cada ano. Atualmente, ele registra 2,3 milhões de voluntários, o que representa mais de 1% da população brasileira, com predominância nas regiões Sul e Sudeste. “É um cadastro jovem”, disse Bouzas. Segundo ele, 80% dos doadores estão na faixa etária dos 18 aos 45 anos e a maioria é de mulheres (54%).
A busca por doadores ocorre simultaneamente no Brasil e nos bancos internacionais. O coordenador do Redome Net informou que se houver um doador no Brasil e também um no exterior, a preferência é completar a busca no território nacional primeiro.
Podem ser doadores de medula óssea pessoas entre 18 e 55 anos que não estejam doentes nem tenham nenhum tipo de doença transmissível pelo sangue, nem apresentem doenças relacionadas a câncer ou doença hematológica.