O presidente de Cuba, Raúl Castro, e o vice-presidente chinês, Xi Jinping, assinaram mais de dez convênios, entre eles três sobre a cooperação no ramo petrolífero em ocasião da visita oficial do chinês a ilha.
Um dos tratados, firmados entre as estatais petrolíferas Cubapetroleos (Cupet) e a Corporação Nacional de Petróleo da China (CNPC), prevê a ampliação da colaboração das duas empresas.
O vice-ministro cubano de Indústria Básica, Manuel Presa, afirmou recentemente, durante o encontro Cuba-Itália de Energia e Tecnologia para Bens Patrimoniais que, apesar do país trabalhar por uma auto-suficiência em termos de petróleo, depende "praticamente" de 50% de importações.
Fontes chinesas afirmaram que seu governo ajudará Cuba a ampliar uma refinaria de capital misto na cidade de Cien Fuegos, a cerca de 250 quilômetros de Havana, com a ação da empresa de engenharia CHQCEC. Todos os documentos foram homologados no Palácio da Revolução, a sede do governo cubano, na capital do país.
A China é o segundo maior parceiro comercial de Cuba, com quem teve um intercâmbio de US$ 1,8 bilhões em 2010, perdendo somente para a Venezuela.
Nos últimos sete anos, Havana e Pequim firmaram convênios sobre comércio, ciência e tecnologia, além de cooperações econômicas, entre outros.
Jinping, que é apontado por alguns como o sucessor do atual presidente Ju Hintao, disse que pretende "ampliar pontos comuns, aumentar a amizade e aprofundar a cooperação em busca conjunta por desenvolvimento". O chinês visitaria ainda um centro de saúde na capital cubana e depois viajaria para o município de Varaderos, onde se localiza a principal praia turística do país.
Segundo a agenda de Jinping, que chegou a Havana proveniente da Itália, o vice-presidente segue nesta terça-feira para o Uruguai, da onde parte para o Chile ainda nesta semana.