Pesquisa nos mares do CE


As águas profundas do Ceará estão no foco não só da Petrobras, mas também da ANP, que procura nestas áreas novas possibilidades de exploração. Para isso, já iniciou, através do consórcio vencedor da licitação por ela lançada, o trabalho de pesquisa para aquisição de dados geoquímicos pelo sistema piston core na região.

Novos blocos

Caso encontre petróleo e gás em condições de comercialização, poderá incluir novos blocos nas futuras rodadas de licitação para exploração. Em dezembro último, foi assinado o contrato, no valor de R$ 13 milhões, com o consórcio Fugro/Ipex para a realização do trabalho. As pesquisas já tiveram início e, até 30 de dezembro, deverá ser entregue o relatório completo à ANP.

Amostras

Serão coletadas 1.000 amostras de piso oceânico em profundidades que variam de 50 metros a 2,5 mil metros de lâmina d´água, em uma área que totaliza 9,45 mil quilômetros quadrados, na porção oeste da bacia. A pesquisa abrange extensões das sub-bacias de Piauí, Acaraú e Icaraí e está incluída no Plano Plurianual de Estudos Geológicos e Geofísicos da ANP.

O conhecimento em águas profundas na margem equatorial do Brasil, que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá, ainda é muito escasso. Até hoje, apenas cinco poços foram perfurados na região.

Atraso no Araripe

Uma outra área incluída no plano da agência é a Bacia do Araripe. As pesquisas, que estão sendo realizadas também pela Ipex, deveriam ter sido entregues no último dia 3, mas, de acordo com a assessoria de imprensa da ANP, vão se estender, agora, até o início de junho. Os levantamentos na bacia englobam a região do Cariri, também envolvendo Pernambuco, Piauí e Paraíba. Nesta área, foram coletados 2.000 amostras de solo, para as efetivas análises laboratoriais e interpretações dos dados estatísticos. (SS)