Assembleia Nacional conclui sessão anual com novas metas


Com a adoção do 12º Plano de Desenvolvimento Socioeconômico por parte da Assembleia Popular Nacional, a China entra em uma etapa de novas metas e desafios que se prognostica difícil.
Detalhes dos objetivos e desafios para o período de 2011 a 2015 foram abordados nesta segunda-feira () em coletiva de imprensa do primeiro-ministro, Wen Jiabao, pouco depois que o Parlamento chinês concluiu sua sessão anual, iniciada no último dia 5.

Um deles, ratificado por essa instância, se refere a uma taxa de crescimento econômico anual de 7%.

Embora inferior em 0,5% à do quinquênio anterior, esse nivel não é considerado baixo diante da necessidade de elevar sua qualidade e eficiência, nem tampouco uma tarefa fácil, segundo ressaltou o chefe de governo.

Wen prometeu que as autoridades realizarão os máximos esforços para resolver as pressões no tema do emprego depois de ter sido fixada a referida meta de crescimento, unido à luta contra a inflação, como parte de uma política voltada a continuar melhorando o nível de vida da população.

O primeiro-ministro fez um chamamento a priorizar o desenvolvimento das pequenas e médias empresas, sobretudo aquelas vinculadas ao setor de alta tecnologia, assim como a impulsionar os serviços, para favorecer a criação de postos de trabalho.

Para a China, o desafio nestes campos se resume a alcançar um equilíbrio entre o ritmo de crescimento econômico, a criação de empregos e o controle da alta dos preços, de acordo com o orador.

"Devemos aproveitar esta etapa para reajustar o modelo de desenvolvimento e resolver os problemas de desequilíbrio, descoordenação e insustentabilidade que existem na economia chinesa há tempos", acrescentou.

Na ocasião, Wen reiterou um dos objetivos do mencionado plano, a construção de 36 milhões de apartamentos com aluguéis baixos, como parte das ações para reduzir os preços das habitações, muito elevados e reconhecidos como uma das maiores preocupações da população.

Para este ano se prevê a construção de 10 milhões e a mesma quantidade no próximo.

A China inicia seu novo plano quinquenal em meio a uma situação adversa, exemplificada pelo primeiro-ministro com o aumento do preço do petróleo no mercado internacional, entre outros fatores.

Além dos esforços para estabilizar os preços e reduzir a brecha nas rendas e as diferenças entre as zonas urbanas e rurais, também é mencionada como outra prioridade a luta contra a corrupção, a qual Wen qualificou de a maior ameaça para o país.

Para o período de 2011 a 2015, a segunda economia do mundo, condição alcançada no ano passado, se propôs também cortar o consumo de energia por unidade do Produto Interno Bruto entre 16% e 17% relativamente a 2010.

No caso das emissões de dióxido de carbono, um dos principais gases de efeito estufa, o objetivo é diminuí-las em 17%.