Inácio Arruda também defende antecipação parcial do aumento real do mínimo para 2012


Embora o foco da reunião dos líderes governistas tenha sido a composição das comissões permanentes, a negociação em torno de um salário mínimo de R$ 545 para 2011 não passou ao largo. Após sustentar que a maioria dos aliados apóia esse valor, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), descartou discutir a antecipação de parte do reajuste do mínimo para 2012, conforme defendem os senadores Paulo Paim (PT-RS) e Inácio Arruda (PCdoB-CE).

Ao chegar à reunião na liderança do governo, na manhã desta terça-feira (), o representante do Ceará cogitou abrir essa discussão quando o projeto de fixação do novo salário mínimo (PL 382/11) chegar ao Senado. Segundo comentou, o PC do B já havia reivindicado a introdução de um mecanismo na política de valorização do piso nacional que compensasse a estagnação ou o decréscimo na variação do Produto Interno Bruto (PIB), garantindo, assim, a concessão de aumento real.

Como o PIB apresentou uma variação negativa em 2009 – esse é um dos fatores, junto com a inflação de 2010, para calcular o reajuste do mínimo de 2011 -, a antecipação de parte do aumento real previsto para 2012 amenizaria essa perda. Isso é o que também reivindicam as centrais sindicais e contribuiria para elevar o atual salário mínimo de R$ 540 para R$ 560.

O PL 382/11 deverá ser votado pela Câmara dos Deputados, possivelmente em regime de urgência, nesta quarta-feira () e seguir para o Senado. A proposta formaliza a política de recomposição do salário mínimo para o período de 2012 a 2015.

Requerimento

Romero Jucá também comentou requerimento do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) solicitando auditoria na obra de reforma do Palácio do Planalto, sede da Presidência da República. O líder governista afirmou ser parte do trabalho da oposição "criar um fato político" como esse e adiantou que vai encaminhar contrariamente naquilo que não concordar no pedido.

O requerimento de Alvaro Dias encabeça a Ordem do Dia desta terça-feira (), cuja pauta de votações encontra-se obstruída pelo projeto de lei de conversão (PLV 1/11) oriundo da medida provisória (MP 502/10) que cria a Bolsa-Atleta.