A equipe que vai receber cinco prisioneiro – dois políticos e três militares – das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) segue, nesta terça-feira (), de São Gabriel da Cachoeira (no Amazonas) para Villavicencio (na Colômbia). Das operações, que começam amanhã () e terminam no domingo (), participam integrantes do governo da Colômbia, 22 militares e dois helicópteros do Exército do Brasil, e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
“Por enquanto está tudo dentro do cronograma acertado inicialmente: serão três etapas a partir de amanhã e acabando no domingo. O que pode alterar um pouco isso é o clima, porque nem sempre os helicópteros podem levantar voo por causa do mau tempo”, disse a porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Sandra Lefcovitch.
Ontem (), no final da tarde, chegaram a São Gabriel da Cachoeira a ex-senadora Piedad Córdoba, uma das principais negociadoras, acompanhada por Hernando Gómez e Danilo Rueda, que integram a organização não governamental Colombianos e Colombianas pela Paz. Todos participarão das operações de resgate.
Pelo cronograma inicial, as operações começam amanhã a partir de Villavicencio, onde será libertado o vereador Marcos Baquero. Na sexta-feira (), a equipe vai para Florencia (também na Colômbia) para receber o vereador Armando Acuña e o militar Henrique Marinho López Martínez. No domingo (), na última etapa do resgate, serão libertados, na cidade colombiana de Ibagué, os militares Guillermo Solórzano e Salim Sanmiguel.
Para garantir a operação, as Farc fizeram uma série de exigências e o governo colombiano também. Foram assinados protocolos de segurança nos quais ficou garantida a suspensão por 36 horas das operações militares nos locais onde serão entregues os cinco reféns. Em ações anteriores, foram tomadas medidas semelhantes.
A libertação dos prisioneiros foi uma decisão unilateral das Farc, que defendem um acordo de paz e uma saída negociada para o conflito colombiano.