A redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas tem apoio de 49% dos parlamentares que tomam posse amanhã, segundo pesquisa do Instituto FSB.
Dos 307 deputados e 33 senadores ouvidos, 31% afirmaram que são contra a redução da jornada enquanto 20% não souberam responder ou não tiveram opinião.
Entre os parlamentares que se dizem de esquerda, a jornada de trabalho menor tem voto favorável de 65% deles. Já entre os de direita, esse número cai para 51%. O índice é menor entre os que se consideram de centro: 36%.
A amostra pesquisada representa 57% dos 513 deputados e 81 senadores.
A reforma trabalhista é o quarto tema mais citado na pesquisa feita pela FSB. Em primeiro lugar na prioridade de votações está a reforma política, seguida pela reforma tributária e o código florestal.
"O primeiro semestre legislativo dos presidentes têm oferecido grandes oportunidades de mudanças regulatórias", afirma o cientista político Wladimir Gramacho, coordenador da pesquisa.
Durante a campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff disse diversas vezes que a redução da jornada não é tema a ser proposto pelo governo. Segundo a então candidata, a questão deve ser debatida a partir de um acordo entre empresários e trabalhadores. O programa de governo petista também não tratava da questão.
Realizada entre 6 e 17 de dezembro de 2010, a pesquisa da FSB ainda revela que 71% dos novos congressistas são contra o aumento da carga tributária. A nova CPMF, chamada de Contribuição Social para a Saúde, teria o voto contra de 56% dos deputados e senadores.
Quase 80% dos parlamentares avaliam que o trabalho do novo Congresso será ótimo ou bom. Os que têm a expectativa mais positiva são os deputados e senadores do PSB e PT. As avaliações mais negativas são do DEM e PSDB.
A legislatura (-2011) que termina hoje é considerada regular por 44% dos parlamentares ouvidos.
O DEM (%), o PSDB (%) e o PDT (%) foram os partidos que avaliaram de maneira mais negativa a legislatura. Em contraposição, o PR e o PMDB foram os que mais qualificaram como ótima e boa.
Para 77% dos novos congressistas, o governo Dilma será ótimo ou bom. Já o governo Lula foi aprovado por 80% dos deputados e senadores.
A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.
fala do inácio: pesquisas apontam momento favorável para debate e aprovação da pec, expectativa é que o congresso nacional aprecie a matéria nessa legislatura.