O desemprego nos Estados Unidos caiu para 9,4% em dezembro, em comparação com os 9,8% registrados em novembro, a maior queda registrada em um mês desde abril de 1998, de acordo com dados divulgados pelo governo americano nesta sexta-feira. O indicador sugere que a economia dos Estados Unidos está em fase de recuperação.
O Departamento de Trabalho informou em seu relatório mensal que cerca de 103 mil empregos foram criados em dezembro. O número é menor do que a previsão do departamento, de criação de 145 mil a 175 mil postos.
Desalento
Segundo analistas, a taxa de desemprego registrou queda por duas razões: mais americanos conseguiram encontrar um emprego, em função da recuperação; ao mesmo tempo, parte dos desempregados terem desistido de procurar um novo trabalho, saindo da população economicamente ativa e caindo no chamado desemprego por desalento. Quando uma pessoa para de procurar trabalho, ela não é mais considerada desempregada nos Estados Unidos.
A taxa de desemprego total para outubro e novembro foi revisada e agora mostra um ganho de mais 70 mil vagas. As altas taxas de desemprego são apontadas como responsáveis pela lentidão na recuperação econômica dos Estados Unidos, pois a desocupação realimenta a crise. Sem emprego, o trabalhador não tem renda nem capacidade de consumo. A redução do nível de consumo desestimula a produção de mercadorias.
Setor privado
A taxa de desemprego atingiu seu ponto mais baixo desde maio de 2009. As contratações no setor privado em dezembro tiveram um aumento de 113 mil vagas, enquanto o emprego no governo sofreu uma queda de 10 mil postos.
Nos ramos de lazer, turismo, hotelaria e restaurantes, houve um aumento de 47 mil postos de trabalho, enquanto que o setor de saúde registrou mais 36 mil vagas.
No entanto, o Departamento de Trabalho informou também que o número de vagas de trabalho aumentou pouco em outros setores. E, apesar do aumento no número de vagas, analistas afirmam que o resultado foi decepcionante e indica uma recuperação frágil e instável.