Equador deve ser incluído nas prioridades da agenda de política externa


A política externa da presidenta Dilma Rousseff, baseada na intensificação das relações regionais na América Sul, inclui o Equador. Depois da viagem a Buenos Aires (Argentina) e Lima (Peru), a capital equatoriana, Quito, será incluída. Por volta de 14 a 18 de fevereiro, os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, e do Equador, Ricardo Patino, devem se reunir para discutir os acordos de cooperação já firmados.

As informações foram confirmadas hoje (5) pelo governo do presidente do Equador, Rafael Correa. No ano passado, Brasil e Equador negociaram a revitalização da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica na tentativa de criar um mecanismo regional de conciliação e arbitragem para resolver pendências, como os investimentos na área.

Em outro acordo, o governo brasileiro firmou o compromisso de repassar US$ 500 mil para o Equador, com o objetivo de cooperar com os refugiados colombianos que vivem em território equatoriano. Os representantes dos dois países assinaram ainda tratados nas áreas de turismo, indústria, comércio e exportações.

A Agência Pública de Notícias do Equador e da América do Sul (Andes) informou ainda que Correa enviou felicitações a Dilma por sua vitória nas eleições. A comunicação foi entregue à presidenta eleita pelo chanceler equatoriano, no dia da posse (1º). Em setembro de 2010, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou solidariedade a Correa devido à onda de violência e aos protestos contra o presidente equatoriano.

Em 30 de setembro, houve manifestações nas principais cidades do Equador em protesto a uma decisão de Correa de suspender reajustes e abonos a militares. Para os integrantes do governo, os protestos foram uma tentativa de golpe de Estado. Na ocasião, o presidente ficou ilhado em um hospital militar e só conseguiu deixar o local com ajuda de escolta.

Por enquanto, a agenda internacional de Dilma inclui viagens à Argentina, no fim deste mês, ao Peru, em fevereiro, e ao Paraguai, em março. No entanto, assessores da Presidência da República e do Itamaraty informaram que os compromissos ainda não foram fechados e estão sujeitos a mudanças.