"A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é definida por limitação crônica no fluxo aéreo que não é totalmente reversível. A limitação está associada a inflamação exagerada do pulmão por causa de partículas ou gases tóxicos. O tabagismo é o principal fator de risco". Com essa definição e indicação de causa, destacados logo na introdução, a Secretaria da Saúde do Estado está lançando o Protocolo de atendimento a pacientes portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica no Estado do Ceará. Elaborado por médicos pneumologistas de dois hospitais da Sesa (Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes e o Hospital Geral Dr. César Cals) e o Hospital da Clínicas, do governo federal, o Protocolo foi criado como instrumento de fortalecimento da política pública para DPOC.
No mundo, a DPOC é a quarta causa de mortalidade. No Brasil e no Ceará os dados epidemiológicos ainda são escassos. Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do DataSUS, a estimativa é de que no Ceará, em 2007, o número de portadores com a doença chegava a 362.358. Estudo da situação de saúde no Ceará no período de 2000 a 2009, feito pela Sesa, mostra que as doenças do aparelho respiratório foram a primeira causa de internações – ver página 69 do saude.ce.gov.br). Entre as doenças do aparelho respiratório está a DPOC.
Segundo a presidente do Comitê para Política Estadual de DPOC, Penha Uchoa, o Protocolo será distribuído com profissionais dos três hospitais referência no tratamento da doença na capital e ainda entre profissionais dos hospitais pólo que atendem a população nas microrregiões do Estado. Com o protocolo na rotina de trabalho nos hospitais, os profissionais têm claramente todos os passos do diagnóstico e tratamento dos pacientes de acordo com a gravidade da DPOC, que varia de leve, moderado, grave e muito grave – ver na íntegra o Protocolo de Atendimento a pacientes portadores de DPOC.