Tupi e Iracema


A Petrobras encaminhou nesta quarta-feira (), à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a declaração de comercialidade de petróleo e gás recuperáveis nas áreas de Tupi e Iracema, na Bacia de Santos. Na proposta, a Petrobras sugere o nome de Campo de Lula, para Tupi, e de Cernambi, para Iracema.

Em nota, a Petrobras informa que os dois campos fazem parte do Bloco BMS-11 e que as reservas somam um total de 8,3 bilhões de barris de petróleo e gás, sendo 6,5 bilhões no Campo de Lula e 1,8 bilhão no Campo de Cernambi. A Petrobras detém 65% dessa concessão e também é a operadora do bloco. Os outros sócios são a BG Group (%) e a Galp Energia (%).

Em tom bem-humorado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou a proposta encaminhada pela Petrobras à ANP, que sugere o nome Campo de Lula para a reserva de petróleo e gás de Tupi, e Campo de Cernambi, para Iracema.

“Fiquei orgulhoso, [mas] não é meu nome”, disse sorrindo em reposta a um jornalista que acompanhava a cerimônia de lançamento da pedra fundamental da Refinaria Premium 2, da Petrobras, nesta terça-feira, em Caucaia, no Ceará. Os dois nomes sugeridos são de moluscos, seguindo uma tradição da estatal de dar nomes de animais marinhos aos campos descobertos em áreas muito profundas.

Campo supergigante

Segundo a Petrobras, “o Campo de Lula será o primeiro campo supergigante de petróleo do País [volume recuperável acima de 5 bilhões de barris de óleo equivalente], e o Campo de Cernambi está entre os cinco maiores campos gigantes do Brasil”.

Na nota, a Petrobras explica que a declaração de comercialidade ocorre após a execução do Programa de Avaliação Exploratória na área, a partir do primeiro poço, perfurado em outubro de 2006. Além desse documento, a Petrobras enviou para a ANP os planos de Desenvolvimento da Produção para os dois campos.

“O sucesso exploratório obtido na área representa o elevado potencial do pré-sal que já começa a contribuir para o crescimento da curva de produção e das reservas de petróleo e gás da companhia”, diz o comunicado. O Bloco BMS-11 é operado pela Petrobras, com 65% da concessão, em parceria com a britânica BG Group, com 25%, e a portuguesa Galp Energia, com 10%.