Mais de meio milhão de cidadãos cubanos trabalharam em diversos países do continente africano nos últimos 50 anos, contribuindo para a sua independência ou para o respectivo desenvolvimento, anunciou nesta terça-feira, em Pretória (África do Sul), o membro do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, Jeorge Resquel Baldeza.
O dirigente interveio na troca de experiência de aspectos políticos, sociais, econômicos e culturais entre delegações das repúblicas de Angola e de Cuba, no contexto do 17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes (FMJE), promovido, de 13 a 21 na cidade de Pretória, , pela Federação Mundial da Juventude Democrática.
Segundo Resquel Baldeza, as relações de amizade e cooperação entre Cuba e os países do continente africano são históricas e de irmandade, já que africanos contribuíram na luta cubana e cubanos na conquista da causa destes povos.
Assim, citou que militares e trabalhadores civis cubanos desempenharam funções a favor de países como Angola, Argélia, África do Sul, Congo, Namíbia, Guiné Bissau, entre outros, em diversas etapas, quando solicitados pelos respectivos povos ou governos.
Anunciou que Cuba continuará a ajudar na causa dos povos africanos e, quiçá, “algum dia será possível dizer que cerca de um milhão de cubanos trabalharam a favor de nossos irmãos de África”.
Delegações de Cuba e de Angola trocaram presentes no Dia de África (14). A comitiva angolana, composta por 350 pessoas, é orientada pelo deputado Sérgio Luther Rescova Joaquim.
Neste festival, que acontece de cinco em cinco anos e agora discute o lema “Por um mundo de paz, solidariedade e transformação, derrotaremos o imperialismo”, a delegação angolana congrega militantes da organização juvenil do MPLA (JMPLA), estudantes, músicos, jornalistas e artistas plásticos.
Estes festivais mundiais começaram a realizar-se após a segunda guerra mundial, em 1947, na sequência da necessidade dos movimentos juvenis se unirem em torno de questões que afetam os jovens e os povos de todo o mundo.
O último festival aconteceu em 2005 na cidade de Caracas, Venezuela, sob o lema “Pela solidariedade e a paz, lutamos contra o imperialismo e a guerra”, congregando 25.145 participantes integrados em 90 delegações, cada uma representando um país.