A comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, rejeitou nesta quinta-feira as "pressões e intimidações" contra o site Wikileaks e lembrou que é a Justiça e não os Governos que devem determinar se a portal cometeu algum delito.
"O caso Wikileaks lança um debate entre o direito à liberdade de informação e a necessidade de proteger a segurança nacional e a ordem pública", explicou Pillay em entrevista coletiva.
"Quem deve determinar qual direito prevalece é uma corte de Justiça, não os Governos ou terceiros", acrescentou Pillay.
De acordo com a comissária, "em princípio, Julian Assange tem o direito a compartilhar livremente a informação".
Em referência à informação que o site Wikileaks publicou sobre a imprensa internacional, Pillay só fez referência às revelações sobre as torturas no Iraque e acusou os Estados Unidos de ter violado a Lei Humanitária Internacional.
Pillay afirmou que já há vários relatores especiais das Nações Unidas que estão estudando as revelações e que se pronunciarão ao respeito quando tenham concluído seus relatórios. EFE