Africanos pedem ajuda para continuarem estudando no Brasil


Atualmente, estudam em Fortaleza, cerca de 1.500 jovens africanos, vindos de países como Angola, Cabo-Verde, Guine-Bissau, Moçambique, Nigéria, São Tomé e Príncipe. Deste total, 1.400 estão matriculados em universidades particulares.

Os dirigentes da Associação dos Estudantes Africanos no Ceará – AEAC estiveram na manhã desta sexta-feira (.11) com o senador Inácio Arruda. Eles foram pedir a ajuda para tentar resolver alguns dos  problemas enfrentados pela comunidade africana em Fortaleza, entre eles a continuidade dos estudos daqueles que estão parados e melhor aproveitamento daqueles que estão estudando com muita dificuldade. Segundo presidente da AEAC, Fernando Pedro Dias, que faz doutorado em Saneamento Ambiental na UFC, muitos africanos, cuja família não tem condições de enviar ajuda financeira, estão abandonando os estudos e vivendo em situação precária.

Entre as medidas mais urgentes para solucionar esses problemas, os dirigentes da AEAC solicitam ao senador Inácio ajuda para conseguir a transferência desses alunos de faculdades privadas para instituições públicas (Federal e Estadual), principalmente para a Universidade Federal de Integração Luso-Afro-Brasileiro (UNILAB). Eles solicitam também que seja incentivada a assinatura de convênios entre os governos de países africanos com faculdades privadas no Brasil.

É preciso também, segundo dos dirigentes da associação, ampliar vagas do Programa Convênio de Graduação (PEC-G), solicitar ajuda ao governo brasileiro para conceder anistia aos estudantes africanos que se encontram ilegal no Brasil, viabilizar bolsas de estudo e uma residência universitária para os estudantes africanos.

Participaram ainda da reunião com o senador Inácio Arruda os estudantes Benjamin da Silva Sanca, que faz especialização em Tecnologia da Informação na UFC e Gervásio Arlindo Gomes Barbosa, estudante de Administração na FAT.