Cinco das seis centrais sindicais reconhecidas pelo governo federal decidiram, nesta sexta-feira (), organizar o 1º de Maio em 2011 de maneira unificada. Reunidos em São Paulo, representantes da CTB, Força Sindical, CGTB, Nova Central e UGT deram o sinal verde para iniciar os preparativos para o ato em comemoração ao Dia do Trabalhador.
O presidente da CTB, Wagner Gomes, deixou a reunião das centrais satisfeito com o entendimento ocorrido entre as cinco entidades. Ele afirmou também que nas próximas semanas os dirigentes farão um esforço para que a CUT decida participar do evento. “Ainda vamos conversar outras vezes para tentar fazer um ato no 1º de Maio que reúna as seis centrais”, disse.
A iniciativa dará continuidade ao processo de unidade de lutas iniciado pelas centrais nos últimos anos. A partir das próximas semanas, representantes das entidades começarão a discutir o local em que o ato será realizada e seu formato.
Salário mínimo e aposentados
A reunião das centrais também colocou em pauta a questão dos reajustes do salário mínimo e do salário dos aposentados que recebem acima do piso.
Todas as centrais decidiram fechar um discurso em prol dos R$ 580,00 para o SM a partir de 2011, inclusive a CUT, dando continuidade à política de valorização iniciada no governo Lula.
Nos últimos anos, o reajuste do SM foi baseado no cálculo que leva em consideração o crescimento do PIB e a inflação do ano anterior. Como em 2009 o PIB regrediu, as centrais sindicais, o governo e o Congresso Nacional vêm tentando nas últimas semanas chegar a uma nova fórmula para não prejudicar a evolução do reajuste.
Assim, as centrais se basearam na projeção de crescimento do PIB para 2010, de 7,5%, para consolidar um novo cálculo. Com a previsão de inflação de cerca de 4,5%, tem-se uma soma de 13%. Assim, o atual valor do SM, de R$ 510,00, seria convertido, em números redondos, para os já citados R$ 580,00.
“Esse será o reajuste pelo qual lutaremos nas próximas semanas, junto aos deputados, aos ministros da área econômica e com quem for necessário em Brasília. Temos que manter os reajustes do salário mínimo e continuar a política iniciada pelo governo Lula”, explicou o presidente da CTB.
Em relação ao reajuste para os aposentados que recebem acima de um salário mínimo, a reunião das centrais reafirmou que os aposentados precisam de uma valorização no mesmo patamar do SM. “Vamos nos somar em uma grande mobilização para que eles consigam um aumento que também seja digno”, afirmou Wagner Gomes.