Cerca de 3,5 mil empregos diretos serão criados com a construção, operação e manutenção dos 708 quilômetros de quatro linhas de transmissão e 11 subestações da rede básica, previstos nos contratos de concessão firmados hoje (6) entre as empresas vencedoras da licitação, o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A previsão é de que R$ 700 milhões sejam investidos nessas linhas, que serão construídas nos estados de São Paulo, do Rio Grande do Sul, Pará, Maranhão, de Mato Grosso, Alagoas e da Bahia.
Os lotes foram arrematados com deságio médio de 31,57% em relação à receita anual permitida, de R$ 39,3 milhões, prevista no edital. Com isso, a diferença – de R$ 12,4 milhões – deverá ser repassada para o consumidor final por meio de tarifas mais módicas. A entrada em operação está prevista para ocorrer em dois anos.
“As empresas estão conseguindo reduzir os preços de uma forma que até tem nos surpreendido”, disse o diretor-geral da Aneel, Nelson Hübner, após a assinatura dos contratos, e pouco antes de convidar as empresas a participar do leilão previsto para novembro, “de linhas bastante significativas para a Região Centro-Oeste”.
Representando o ministro Márcio Zimmermann, o secretário executivo da pasta, José Antônio Coimbra, acrescentou que, assinatura dos contratos é resultado de “um trabalho que vem de um ou dois anos de estudos”, o que “mostra que estamos sinalizando com cinco anos de antecedência a garantia do sistema elétrico” brasileiro.
“Já estamos trabalhando em outros leilões, previstos para novembro, dezembro e para 2011. Dessa forma, sinalizamos à população que estamos cuidando da diretriz maior, que é a energia elétrica, interligando a energia [do país] e, sobretudo, as nossas cidades”, afirmou o secretário.