O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) reiniciou sua campanha para as eleições legislativas do próximo 26 de setembro, que havia interrompido durante o fim de semana em homenagem ao falecido governador de Guárico, William Lara.
Prioridade nas últimas duas semanas que antecedem as eleições será o trabalho de casa em casa, a fim de mobilizar os seguidores do presidente Hugo Chávez e atrair indecisos.
De acordo com o chefe do comando de campanha, Aristóbulo Istúriz, a aliança revolucionária, integrada por socialistas, comunistas e outras forças de esquerda, reforçará nas cidades e bairros sua estratégia de cada ativista fazer contato com 10 eleitores.
Já são mais de 3 milhões de eleitores contatados e cadastrados, cifra que multiplicaremos na reta final, disse Aristóbulo numa coletiva à imprensa.
Transcorridos 18 dias de campanha,o PSUV e seus aliados obtiveram superioridade nas ruas do país a partir de marchas, concentrações e caravanas.
Particular impulso foi dado pelo próprio Chávez, com sua participação à frente de mobilizações de grandes multidões nos estados de Táchira, Zulia, Miranda y Lara, governados por opositores, onde estarão em jogo 43 dos 165 deputados à Assembleia Nacional.
O apoio popular, o êxito das missões sociais do governo, o resultado de algumas pesquisas e o pobre desempenho da oposição até o momento permitem aos socialistas prever uma clara vitória nas urnas, entendendo como tal a conquista de ao menos dois terços das cadeiras ().
A campanha foi interrompida no último fim de semana pela morte em acidente automobilístico de William Lara, que além de governador era um ativo dirigente do PSUV.
"A partir de amanhã continuaremos a batalha, William Lara, porque vamos dar-te a grande vitória em 26 de setembro nas eleições parlamentares”, disse ol vice-presidente da República Elías Jaua durante as atividades em homenagem a Lara.
Por sua parte, a oposição prevê aumentar sua presença nas ruas, depois de concentrar a campanha em anúncios publicitários em meios privados de comunicação nos quais ataca Chávez com o tema da insegurança como carro-chefe.
Alguns dirigentes como Leopoldo López e Enrique Mendoza criticaram o desempenho de seus correligionários, o primeiro pedindo mais unidade, enquanto o segundo convocou a Operação Amarre para realizar trabalho de casa em casa em busca de votos.