O matemático brasileiro Jacob Palis, do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa/MCT), no Rio de Janeiro, é um dos vencedores do Prêmio Balzan. Também foram agraciados o italiano Carlo Ginzburg, o alemão Manfred Braunek e o japonês Shinya Yamanaka.
A Fundação Balzan, que concede o prêmio, foi criada pela família do jornalista italiano Eugenio Balzan, que fugiu da Itália para Suíça na década de 30 para escapar do cerco fascista à mídia. A cada ano, o prêmio é concedido a diferentes áreas. Esse ano, a Fundação premiou o estudo do teatro, a história europeia, a biologia e a matemática. Em 2011 os temas serão a história antiga, estudos do iluminismo, biologia teórica e os primórdios do universo.
A cerimônia de premiação será dia 19 de novembro, em Roma, na Itália. Uma semana antes, também em Roma, o professor Palis ingressa nos quadros da Accademia dei Lincei, a mais antiga academia de ciências ainda ativa da nossa história.
O prêmio é realizado desde 1961, e essa é a primeira vez que um brasileiro é escolhido para receber as honras, no valor de 750 mil francos suíços (ou R$ 1,27 milhão). O prêmio em dinheiro, deve ter sua metade investido na pesquisa científica, preferencialmente incentivando os jovens talentos.
O mineiro Jacob Palis, de 70 anos, que está no Impa há 42 anos, e já orientou 41 teses de doutorado, estuda sistemas dinâmicos, área que permite criar modelos (simulações ou descrições matemáticas) de fenômenos da natureza, da sociedade e da economia.