Planejamento familiar


O implanon, método contraceptivo de planejamento familiar especial começa a ser adotado pela Secretaria da Saúde do Estado. O implanon é um implante subdérmico, inserido embaixo da pele do braço da mulher.

Pelo menos durante três anos a mulher não engravida, evitando gravidez de risco, indesejada e, principalmente, o óbito materno. “Com o implante, que libera diariamente na corrente sanguínea as doses necessárias de etonogestrel para inibir a ovulação, evitando a gravidez, a Secretaria da Saúde do Estado é a primeira secretaria estadual do país a cumprir o planejamento familiar especial definido pelo Ministério da Saúde”, afirma o responsável pela saúde da mulher na Sesa, Garcia Souza Neto, médico obstetra.

Segundo ele, até agora, além do Ceará, apenas o município de Ribeirão Preto, em São Paulo, disponibiliza na rede pública esse método contraceptivo.

Inicialmente o implanon está sendo utilizado em mulheres acompanhadas no Hospital Geral Dr. César Cals, unidade da rede estadual referência em assistência à gravidez de risco. A partir do final deste mês o implanon também chega ao interior. Mas antes, no período de 21 a 24 de setembro, a Sesa prepara médicos e profissionais de saúde das Coordenadorias Regionais de Saúde de Quixadá e de Itapipoca no “Curso de aperfeiçoamento em assistência integral à saúde da mulher”. Em destaque, orientações sobre o uso do implanon, procedimento realizado pelo médico.

Garcia Neto ressalta que o objetivo principal da decisão da Sesa em adotar o implanon é reduzir a mortalidade materna. Este ano 30 mulheres morreram de parto no Estado. Desse total, oito no município de Quixadá. Daí a inclusão de Quixadá nos primeiros municípios a serem atendidas com o planejamento familiar especial, que contempla o implanon. Em 2007 foram registrados 105 óbitos maternos no Estado. Em 2008 o número caiu para 99 óbitos. A meta é reduzir em 50% a taxa de óbitos maternos.

Além da novidade em garantir o novo método em unidades de referência para as mulheres encaminhadas da atenção básica e de hospitais secundários, centenas de treinamentos realizados de 2006 para cá com profissionais do PSF, dos hospitais polo e das Coordenadorias Regionais de Saúde para proteger a saúde integral da mulher.

“Realizamos mais de 200 cursos”, informa Garcia Neto. Ele adianta que no início de novembro a Sesa lançará a Cartilha da Gestante para que a saúde da mãe e do bebê seja acompanhada, detalhadamente, desde a gestação até a hora do parto, já que todas as informações serão anotadas.