Desemprego cai


A taxa de desemprego apurada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em sete regiões metropolitanas voltou a cair em agosto, ficando em 11,9%. Este é o quinto recuo consecutivo registrado pela Pesquisa Emprego e Desemprego (PED) nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA), São Paulo (SP) e do Distrito Federal (DF). São Paulo apresentou a menor taxa para um mês de agosto desde 1992, recuando de 12,6% para 12,3%.

Segundo o levantamento, enquanto em julho deste ano havia 2,7 milhões de pessoas desempregadas nas sete regiões acompanhadas pelo Dieese, em agosto este número baixou para 2,6 milhões, uma redução mensal de 3,8%. A estimativa do departamento é de que, em agosto de 2009, o número de trabalhadores desocupados chegava a 3,1 milhões de pessoas, número 16,2% superior ao último apurado.

Já o nível de ocupação cresceu 0,8% entre julho e agosto deste ano. No período foram criadas 161 mil vagas de trabalho, número, de acordo com o Dieese, mais que suficiente para absorver as 57 mil pessoas que ingressaram no mercado de trabalho no último mês, o que representou um aumento de 0,3% da população economicamente ativa das sete regiões.

Ao longo de 12 meses, o número de trabalhadores ocupados aumentou 4,1%, passando de 18,6 milhões para 19,4 milhões, de um total de 22 milhões de pessoas entre 10 e 64 anos em condições de trabalhar e que estejam procurando emprego. Os melhores resultados quanto ao nível de ocupação se deram em Salvador, onde o indicador subiu 2,6%, e em Recife (3%). Logo depois vieram Fortaleza (7%), Porto Alegre (9%), São Paulo (4%). No Distrito Federal e em Porto Alegre, onde a redução do desemprego permaneceu estável entre julho e agosto, o nível de ocupação se manteve estável.

Entre julho e agosto, os rendimentos dos trabalhadores ocupados cresceram, em média, 1,8%, atingindo R$ 1.289. Já os rendimentos médios dos assalariados aumentaram 1,5%, chegando à faixa dos R$ 1.340. Com a redução do nível de desemprego, o mercado interno aquecido e a elevação dos salários médios dos assalariados, também a massa de rendimentos cresceu.