Decreto presidencial publicado nesta quinta-feira (), pelo Diário Oficial da União, altera a realização de avaliação psicológica de candidatos a concursos públicos. A modificação do Art. 14, do Decreto nº 6.944/ 2009, determina que a avaliação psicológica do candidato só poderá ser feita mediante previsão legal específica, ou seja, que não seja mais feita indiscriminadamente – e sim por exigência de determinada carreira.
Também é condição para a realização da avaliação que tal determinação conste no edital do concurso público. Os candidatos deverão ter acesso à cópia das avaliações realizadas.
O procedimento de avaliação psicológica serve para aferir as condições psicológicas do candidato para exercício do cargo e deverá ser realizado depois da aplicação das provas escritas, orais e de aptidão física, quando houver.
Conforme o decreto, para definir requisitos psicológicos será necessário formular estudo científico prévio das atribuições e responsabilidades dos cargos, com descrição detalhada das atividades e tarefas, identificação dos conhecimentos, habilidades e características pessoais necessárias ao exercício do trabalho e identificação de características restritivas ou impeditivas para o cargo.
Outra exigência é que os instrumentos de avaliação sejam capazes de aferir com objetividade esses requisitos psicológicos, cabendo ao órgão realizador do concurso especificar no edital quais serão.
Os candidatos terão acesso à cópia das avaliações realizadas, independente de terem sido considerados aptos ou inaptos. Os prazos e a forma de interposição de recurso acerca do resultado da avaliação psicológica serão definidos pelo edital do concurso.
Se, no julgamento de recurso, o entendimento for de que a documentação e a fundamentação da avaliação psicológica são insuficientes para uma conclusão sobre as condições do candidato, a avaliação psicológica será anulada e novo exame será realizado.