Assad diz que Síria quer a paz, mas atitudes de Israel o impedem


O presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou hoje que seu país procura a paz, mas que as atitudes agressivas de Israel no Oriente Médio impedem alcançar esse objetivo, durante uma reunião com o rei Abdullah II da Jordânia.

O monarca jordaniano chegou hoje a Damasco em uma visita surpresa para informar a Assad sobre os resultados de sua viagem aos Estados Unidos, onde participou das conversas prévias ao diálogo direto de paz entre israelenses e palestinos no último no dia 2 de setembro em Washington.

Em comunicado oficial, um porta-voz da Presidência síria explicou que "Assad renovou a disposição da Síria e seu desejo constante de alcançar uma paz justa e global, e considerou que as políticas agressivas de Israel e a continuidade das construções de assentamentos constituem um obstáculo real à paz".

O presidente sírio ressaltou a necessidade de os representantes palestinos participarem de qualquer negociação e de manter o processo de reconciliação interpalestina.

Abdullah II disse que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reafirmou "seu compromisso pessoal" de conseguir a paz no Oriente Médio, baseada em uma solução de dois Estados – um palestino e outro israelense.

"A paz não durará se não for global em todos os sentidos", afirmou o rei, segundo o comunicado oficial sírio.

Em maio de 2008, Síria e Israel anunciaram o início de conversas indiretas, com mediação da Turquia, pela primeira vez desde janeiro de 2000.

Síria decidiu retirar-se das negociações pela ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, controlada pelo grupo islamita Hamas, entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009.

Dez facções palestinas com sede em Damasco, incluindo o Hamas, rejeitaram as conversas diretas entre israelenses e palestinos, cuja segunda rodada será realizada em 14 de setembro na localidade litorânea egípcia de Sharm el-Sheikh.