Inácio destaca a importância da universidade na integração entre brasileiros e africanos


Após participar da solenidade de posse do reitor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Paulo Speller, na sede do Ministério da Educação, o senador Inácio Arruda usou a tribuna do Senado para falar da importância dessa nova universidade, em especial para o Ceará, onde será localizada, precisamente em Redenção.

“O nome do município já explica tudo. Redenção foi a primeira cidade do Brasil a libertar os escravos que vinham para cá vendidos, numa situação de covardia da colonização, sem precedentes na história humana”, explicou o senador, lembrando as barbaridades  que os portugueses e espanhóis fizeram, junto com ingleses, holandeses e franceses, na colonização dessas nações.

Mas, hoje, segundo Inácio, “foi consolidado um passo dado por nós, deputados e senadores brasileiros, quando aprovamos a criação e instalação da Unilab. Eu tive a felicidade de ser um dos relatores dessa matéria. E hoje nós empossamos, por determinação do Presidente da República e do Ministro da Educação, o Professor Paulo Speller, o primeiro reitor, reitor pro-tempore, mas o primeiro reitor dessa universidade”..

A solenidade de posse foi prestigiada por vários embaixadores de nações africanas, entre elas, o de Moçambique, Angola, Guiné-Bissau. “Mas cito, especialmente, uma nação da América Latina, o Haiti, que também esteve presente com seu embaixador”.

Ainda em seu pronunciamento, o senador Inácio Arruda explicou que a UNILAB vai contar com um corpo docente formado por professores brasileiros e estrangeiros. “Metade brasileiros e metade estrangeiros, especialmente africanos. Mas teremos professores também de Macau, professores filipinos, indonésios, indianos, portugueses, porque nessas regiões do mundo também há comunidades de língua portuguesa, que estarão representadas na nossa universidade”, completou.

Para Inácio esta é uma universidade que tem uma importância especial, porque vai fazer a integração entre o povo brasileiro, formado com a junção das etnias afro-lusófonas e nativas, com os africanos. “Por isso que a universidade se chama Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira”.

Por fim destacou a atuação, na formatação da universidade, do Ministro Fernando Haddad, “pela sua determinação de cumprir uma indicação do Presidente Lula de que deveríamos sair da retórica e construir de fato uma instituição capaz de integrar e facilitar as relações entre os nossos povos. E isso o Ministro Fernando Haddad fez com competência. Uniu-se a ele o Ministro Eloi Ferreira, que destacou os aspectos culturais da formação do nosso povo, da luta do nosso povo, do povo negro brasileiro, que foi discriminado durante muitas e muitas décadas”.

Ressaltou ainda a atuação da Profª Maria Paula Dalari, que deu uma contribuição total para que a universidade pudesse de fato acontecer. E enfatizou a atuação do Conselho Nacional de Educação e do Ministério das Relações Exteriores. “Trata-se de uma universidade compartilhada e, sem a atuação do Ministério das Relações Exteriores, não teríamos essa consolidação da participação de vários Países no empreendimento comandado, digamos assim, pelo Brasil”.