O vice-presidente do Parlamento do Irã (Majlis) e representante da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa, Mohammad Esmail Kowsari, elogiou hoje (5) o voto contrário do Brasil e da Turquia às sanções impostas aos iranianos pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Segundo ele, o Irã tem muita gratidão e agradecimento aos dois países.
As informações são da rede de televisão estatal do Irã, PressTV. Kowsari criticou os 12 países que votaram a favor das sanções sob liderança dos que ocupam assentos permanentes no Conselho de Segurança – os Estados Unidos, a França, Inglaterra, Rússia e China. Segundo ele, esses países se movimentam em uma direção equivocada no cenário político internacional.
“É necessário dizer também aos países que votaram a favor de sanções ao Irã, que eles estão se movendo em um caminho errado e que não devem seguir no caminho do embate das grandes potências, como os Estados Unidos, a Inglaterra e a França”, disse.
O parlamentar lembrou que na semana passada foi enviada correspondência aos membros do conselho informando sobre a disposição do Irã em tentar negociar alternativas para evitar as sanções. Segundo ele, o Irã se compromete a desenvolver o programa nuclear com fins pacíficos, sem ameaças de produção de armas atômicas.
Kowsari ressaltou que o Irã é signatário do Tratato de Não Proliferação Nuclear (TNP) e rejeitou as sanções como falta de base legal. O parlamentar disse que as atividades nucleares estão sob o controle total da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). A agência, no entanto, se queixa de que não há cooperação nem autorização para fiscalizar as usinas no país.
No último dia 9, 12 dos 15 integrantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas votaram a favor das sanções. Apoiaram as restrições ao Irã os seguintes países: os Estados Unidos, a França, Inglaterra, Rússia e China, além da Bósnia Herzegovina, do Gabão, da Nigéria, Áustria, do Japão, México e de Uganda.
Apenas o Brasil e a Turquia votaram contra as medidas. O Líbano se absteve das votações. As restrições afetam vários setores da economia iraniana, mas especialmente o comércio e a área militar.