Moradores de municípios brasileiros com até 20 mil habitantes já podem se candidatar a produzir obras audiovisuais em suas cidades. A  Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e o Instituto Marlin Azul vão selecionar 40 histórias para serem transformadas posteriormente em vídeos de ficção ou documentários. As inscrições podem ser feitas até o dia 30 deste mês.

Segundo o Instituto Marlin Azul, os autores selecionados vão passar por uma oficina de capacitação na área de cinema, durante 12 dias, no Rio de Janeiro, onde terão aulas de roteiro, fotografia, edição, direção, produção e direção de arte. Ao fim do processo, os vídeos são exibidos em sessões abertas nas comunidades e transformados em DVDs, que incluem os bastidores das oficinas e das filmagens. A distribuição é gratuita para universidades, escolas de cinema, pontos de cultura, cineclubes, além dos próprios autores.

A média de inscrições recebidas anualmente pelo projeto é de 700 a 800. Uma comissão formada por profissionais da área do audiovisual e acadêmicos das cinco regiões do País se encarrega de fazer a seleção das histórias com potencial para serem transformadas em filmes. Desde a primeira edição, em 2004, a iniciativa produziu 120 obras. Algumas delas foram levadas a festivais de cinema no Brasil e no exterior.

Elano Ribeiro, morador de Mendes, no sul fluminense, participou da edição de 2008. Atualmente, Elano é um videomaker (realizador pleno de vídeos) profissional. “Eu entrei de cabeça no universo audiovisual e não saí mais. Hoje, sou um apaixonado pelos trabalhos com vídeo”.

O projeto conta com o patrocínio da Petrobras.