O índice de extrema pobreza diminuiu entre 5% e 10% em toda Bolívia, indicou uma pesquisa feita pela ONU (Organização das Nações Unidas), apresentada nesta sexta-feira (11/6) na capital La Paz.
Segundo Yoriko Yasukawa, representante da ONU no país, o principal fator para esta diminuição do índice foram os programas de bonificação do governo boliviano distribuídos para crianças, idosos e gestantes.
Os listados pela ONU são três: Juancito Pinto, programa criado em 2006, que oferece bolsa para famílias cujos filhos estejam matriculados em escolas; Juana Azurduy, criado em 2009 e responsável por oferecer uma taxa para cada exame realizado pelas gestantes no período de pré-natal; e o Renda Dignidade, criado em 2008 para beneficiar os idosos.
A pesquisa foi dividida em duas partes. A primeira foi realizada entre 2007 e 2008 e a segunda, ainda em andamento, está analisando cada fator que contribui para melhorar a situação do país, que até o ano passado era considerado o mais pobre da América do Sul.
Segundo a representante das Nações Unidas, citada pela agência estatal ABI (Agência Boliviana de Informação), a diminuição do índice aconteceu de maneira gradual e lenta, recomendando acelerar o processo com mais esforço. Ela sugeriu também a criação de empregos que garantam uma “vida decente", com aceso a serviços básicos.
"É uma boa notícia porque entre 2007 e 2008 foi possível reduzir de maneira significativa, 5% a nível nacional e 10% nas áreas rurais, a porcentagem de pessoas que vivem em extrema pobreza na Bolívia”, afirmou Yoriko. Mas ainda “há uma brecha muito grande entre ricos e pobres que precisa ser superada”.
Em dezembro de 2009, a Bolívia deixou de ser o país mais pobre da América do Sul após duplicar seu PIB (Produto Interno Bruto) em quatro anos e registrar cifras macroeconômicas elogiadas no exterior, com uma política de projetos sociais e estatização da importante indústria dos hidrocarbonetos.