A Petrobras anunciou um plano de investimentos que deve aportar US$ 224 bilhões entre este ano e 2014, nas áreas de exploração e produção (54% do total), além de refino, transporte e comercialização (30%).
Do montante, 95% serão aplicados no Brasil, (US$ 212,3 bilhões), como na Refinaria Premium II (orçada em US$ 11 bilhões), no Pecém, e a parcela restante no exterior (US$ 11,7 bilhões).
A companhia ainda não divulgou os valores regionais destinados às obras de investimento. O plano de negócios anterior (2009-2013) previa investimentos de US$ 186,6 bilhões. Houve um acréscimo de US$ 31 bilhões no segmento de novos projetos (com foco no segmento de exploração e produção), além de ajustes em função de reajustes de custos e de alteração na participação societária.
O novo plano de negócios, aprovado ontem pelo Conselho de Administração da companhia, leva em conta uma meta de produção de 3,9 milhões de barris de petróleo/dia em 2014. Em 2009, o ritmo de produção foi de 1,9 milhão de barris/dia.
Somente a área de exploração e produção deve receber aportes na casa dos US$ 118,8 bilhões até 2014, um aumento de 14% em relação ao orçamento previsto no plano de negócios anterior.
“Os recursos serão destinados para garantir a descoberta e apropriação de reservas, a maximizar a recuperação de petróleo e gás nas concessões em produção, além de desenvolver a produção do pré-sal da Bacia de Santos e intensificar o esforço exploratório nas outras áreas do pré-sal em em novas fronteiras do Brasil e no exterior”, diz a diretoria da Petrobras, em comunicado oficial.
Cana de Açúcar
A Petrobras Biocombustível e o Grupo São Martinho anunciaram ainda parceria estratégica no setor de biocombustível com a formação da empresa Nova Fronteira Bioenergia S.A..
Com a parceria, a Petrobras Biocombustível projeta elevar a sua capacidade de moagem de cana de açúcar de 20 milhões para até 30 milhões de toneladas por ano até 2014.
A Nova Fronteira Bionergia controlará a usina Boa Vista, atualmente em produção, e o projeto SMBJ Agroindustrial S.A., ambos localizados em Goiás.
A usina de Boa Vista terá sua capacidade de moagem ampliada dos atuais 2,5 milhões de toneladas de cana para sete milhões de toneladas na safra 2014/15.
A nova empresa terá um patrimônio líquido de R$ 450,8 milhões e dívida líquida de R$ 409,5 milhões.