Marta Brandão, vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-CE), comemora a filiação do SINDIPETRO à entidade. “Historicamente, o Sindicato dos Petroleiros é uma referência na luta dos trabalhadores.
Durante anos, travou lutas e sofreu ataques, principalmente durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Recebemos com entusiasmo este novo sindicato na nossa Central, pois ele tem um perfil de luta classista e tem tudo a ver com a CTB”, comemora.
Segundo Marcondes Muniz Araújo, secretário geral do SINDIPETRO-CE e diretor da CTB-CE, os petroleiros do Ceará já amadureciam há certo tempo essa alternativa de mudança, que de fato já acontecia na prática nas atividades sindicais. Para o sindicalista, após a criação da CTB, em dezembro de 2007, as relações e interatividades do SINDIPETRO-CE/PI, no âmbito de ações com a categoria, passou a apresentar uma dinâmica diferenciada em razão da proximidade e facilidade de relacionamento com essa nova central. “Em todos os eventos e campanhas do SINDIPETRO-CE/PI a CTB tem mantido participação ativa, sempre procurando manter-se integrada às ações cotidianas dos petroleiros nos estados do Ceará e Piauí”, avalia.
Bandeiras
Os petroleiros do Ceará e Piauí aprovaram em seu congresso como bandeiras principais do sindicalismo classista: a manutenção da estrutura atual nos sindicatos de base (unicidade), condicionada a critérios de representatividade e democratização nos estatutos; organização sindical por setores e ramos de atividade; direito a organização por local de trabalho; contrato coletivo nacional por ramo de atividade; direito de negociação e greve no setor público, nas três esferas e nos três poderes; substituição processual; coibição de práticas anti-sindicais; não a intervenção do estado na organização sindical e redução da jornada de trabalho sem redução salarial-aprovação das 40 horas semanais.
Ainda durante o Congresso, os sindicalistas aprovaram uma moção contra as emendas aos projetos de lei do governo que estabelecem novo marco legislativo do petróleo. Para os participantes, as novas emendas agridem a soberania nacional.