Salas de amamentação


O Ministério da Saúde (MS) convidou cerca de 200 empresários para sensibilizá-los sobre a importância do aleitamento materno e incentivá-los a criar Salas de Apoio à Amamentação nas empresas. O encontro, realizado nesta segunda-feira (26), em São Paulo, é uma iniciativa da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, da Secretaria de Atenção à Saúde do MS.
 
Para o Ministério da Saúde, a participação crescente da mulher brasileira no mercado de trabalho não deveria privá-la de amamentar seu filho. No entanto, mais de 34% das mães que voltam ao trabalho deixam de amamentar. O MS publicou, em 23 de fevereiro de 2010, uma portaria em que o ministério e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelecem as normas para implementação de salas de apoio à amamentação em empresas públicas e privadas.

Com a implantação de uma sala de apoio à amamentação, não só mães e filhos são beneficiados. Empresas que tomam essa iniciativa tendem a ter menos problemas com a ausência de funcionárias para tratar de problemas de saúde dos filhos. Considerando que o leite materno possui anticorpos que previnem doenças e, consequentemente, crianças que mamam no peito adoecem menos.
 
Também ao dar mais conforto e valorizar as necessidades de suas funcionárias, os empregadores podem ter uma adesão maior ao emprego, com a consequente permanência de pessoal capacitado na empresa, o que leva a uma percepção mais positiva da imagem da instituição perante os funcionários e a sociedade.
 
O término da licença maternidade implica separação da dupla mãe/bebê por um determinado número de horas por dia, fazendo com que esse processo de volta ao trabalho se torne muitas vezes doloroso para a mulher, sobretudo as que amamentam. Nesse sentido, a sala de apoio é um incentivo para a mulher trabalhadora seguir com a amamentação. A mãe, se preferir, também pode doar o leite materno para um Banco de Leite Humano.

“É importante destacar que a sala possui baixo custo de implantação e manutenção”, afirma a coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento materno do MS, Elsa Giugliani, ressaltando que além de instalações em que as mães se sintam confortáveis e seguras, é preciso oferecer condições adequadas de limpeza e higiene para que o leite chegue à criança com a qualidade necessária.
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a amamentação por até dois anos de idade ou mais, desde que complementada por outros alimentos adequados à nutrição do bebê a partir dos seis meses.