A partir de maio, o Ministério das Comunicações dará início às ações de capacitação e educação à distância do Programa Gesac (Serviço de Atendimento ao Cidadão), responsável por disponibilizar acesso à internet e outros serviços de inclusão digital a comunidades excluídas do acesso e dos serviços vinculados à rede mundial de computadores. A ação inclui o atendimento a 733 pontos de presença em todo o País que ainda não contavam com atividades de formação de inclusão digital, como aulas e monitorias.
O projeto tem duração de um ano e conta com o apoio de onze Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, os antigos Cefets. Cada ponto selecionado vai indicar um monitor para receber capacitação presencial durante uma semana no Instituto Federal mais próximo. Todas as despesas com deslocamento, hospedagem e alimentação serão custeadas pelo Ministério das Comunicações. Em contrapartida, os monitores só receberão o certificado de formação depois de formar no mínimo três multiplicadores em suas comunidades.
A rede de formação inclui, ainda, 12 professores orientadores, 73 alunos tutores e 30 promotores de inclusão digital (PIDs). Os professores serão responsáveis por formar presencialmente os monitores dos pontos de inclusão digital. Aos alunos tutores cabe a responsabilidade de prestar atendimento remoto aos monitores durante o período de um ano, além de acompanhar os cursos de ensino à distância. Já os promotores ficarão em contato direto com os pontos de presença, visitando as comunidades com o intuito de promover o desenvolvimento cultural e econômico local por meio da inclusão digital.
“Ao fim de um ano, teremos 733 monitores certificados, cerca de 2.200 mil multiplicadores capacitados, uma metodologia de formação validada, conteúdos digitais disponibilizados para livre acesso e, sobretudo, um modelo de formação validado para subsidiar políticas públicas”, afirma o gerente de Projetos do Departamento de Serviços de Inclusão Digital do Ministério das Cidades, Elias David.
Todos os atores envolvidos no projeto – professores orientadores, alunos tutores e monitores – receberão uma bolsa, além de ajuda de custo no caso dos PIDs. O Ministério das Cidades disponibilizou R$ 4 milhões para os gastos do projeto. A seleção dos docentes e tutores fica a cargo do Ministério da Educação. Já os promotores de inclusão digital foram selecionados pelo Ministério das Comunicações.