Fortalecimento dos países emergentes


Os países que formam o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) se reúnem nesta sexta-feira () e sábado () em Brasília para a cúpula de chefes dos países do bloco e do Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (Ibas).

A realização de ambas as cúpulas – do Ibas e do Bric – no Brasil demonstra a importância da política internacional para o Presidente Lula e fortalece ainda mais o papel dos países emergentes no redesenho do cenário mundial. A avaliação é de parlamentares.

Os encontros, na avaliação do deputado Paulo Delgado (PT-MG), devem expandir as fronteiras comerciais entre os países do bloco – unidos por características comuns como vasto território, grande população e altas taxas de crescimento econômico. O petista chamou atenção para o fato de o Brasil sediar o encontro. “Isso revela a credibilidade do País e a capacidade de realizarmos megaeventos como esse, com segurança e eficiência diplomática”, afirmou.

Para o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), membro da Comissão de Relações Exteriores da Casa, esses países ganham um papel cada vez mais destacado no cenário político, econômico e social, basta levar em consideração o peso da retirada de milhões de pessoas da pobreza extrema. E o grupo vem adquirindo força para ter papel destacado nos fóruns internacionais, como a Roda de Doha e outros embates internacionais, para fazer contrapondo importante diante das potências.

“As forças dessas economias vão se impondo. Não tem como segurar o Brasil, com o PAC 1 e 2, a economia em crescimento e as respostas sociais nesse crescimento, embora os investimentos ainda sejam tímidos, principalmente na educação, onde o papel pode ser maior e mais relevante”, afirma o senador.

Ele avalia que o Brasil tem condições de desempenhar importante função dentro do grupo pela sua capacidade de agregar a América do Sul e puxar a África do Sul para relações com o Mercosul, porque o Brasil tem relações fortes com a África.

O desempenho do Presidente Lula no fortalecimento da ação desse conjunto foi destacado por Arruda. “Ele funcionou como uma ‘liga’ entre os países”, afirma.

Os países que formam o Bric detêm 26% da área do planeta, 42Ú população mundial e 14,6% da economia mundial. Em 2009, o PIB dos países do Bric atingiu US$16,3 trilhões, correspondendo a 23,4% da economia mundial. O FMI prevê que entre 2008 e 2014, os Bric serão responsáveis por 61,3% do crescimento da economia no mundo.