Em massa protesto contra alta de preços em Índia


Convocadas pelos partidos de esquerda, milhares de pessoas saíram hoje às ruas em diferentes partes da Índia para protestar contra o aumento nos preços dos alimentos e de outros produtos básicos.

De acordo com os organizadores, ao redor de um quarto de milhão de pessoas somaram-se ao protesto a nível nacional.

Em Nova Delhi, a manifestação concentrou-se nas imediações do Parlamento, onde vários dos líderes da marcha foram detidos pela Polícia quando tentaram cruzar uma barricada para ingressar nos predios do edifício do Legislativo.

Entre os presos estão os secretários gerais do Partido Comunista (Marxista) da Índia, e do Partido Comunista da Índia (PCI), Prakash Karat e A. B. Bardhan, respectivamente, informou o Serviço Indo-Asiático de Notícias.

O dirigente do Bloco Adiante, Debabrata Biswas, e o líder do Partido Socialista Revolucionário, Abani Roy, também se deixaram conduzir baixa detenção pelas autoridades.

Os organizadores do protesto tinham anunciado que deixar-se-iam prender em massa ou para encher as prisões ou , e assim obrigar ao governo a tomar medidas contra a continua alta dos preços.

Momentos antes de ser conduzido para prisão, Karat anunciou que o próximo 12 de abril celebrar-se-á uma reunião com todas as organizações de esquerda para decidir as ações futuras.

Os manifestantes demandam medidas para atalhar o incremento dos preços, o fortalecimiento do sistema de distribuição pública de alimentos, e a posta em prática de reformas agrárias e maiores oportunidades de emprego.

De acordo com estatísticas divulgadas dias atrás pelo Partido Comunista-Marxista da Índia, um cidadão média da Índia vê-se obrigado a gastar em alimentos mais da metade da cada rupia que adquire.

Patatas, cebollas, grãos e cereais estão entre os produtos que mais se têm encarecido nas últimas semanas, enquanto a gasolina e o diesel aumentaram desde finais de fevereiro.

O alça dos combustíveis esteve relacionada com a decisão do governo de restabelecer o imposto do cinco por cento sobre a importação de combustíveis que tinha sido eliminado em 2008.