O ministro do Esporte, Orlando Silva, afirmou nesta quarta-feira (/04) que não existe plano B para a Copa do Mundo de 2014 e que a perspectiva do governo federal é que ela seja realizada nas 12 cidades-sede. A declaração foi feita após o ministro participar de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal para discutir mudanças na Lei Pelé.
Orlando Silva chamou atenção para a importância de as cidades e os estados apertem o passo na execução das obras da Copa para evitar gastos desnecessários. “Eu acredito que a Copa será um sucesso e que as cidades e estados honrarão os compromissos. Mas eu tenho insistido em que é preciso apertar o passo. É preciso cumprir cronogramas definidos, porque, quando o prazo é menor para executar determinadas obras, paga-se uma taxa de urgência”, explicou.
O ministro disse que o governo federal é responsável por portos e aeroportos e apoia as cidades em mobilidade urbana, no financiamento dos estádios e no setor hoteleiro. Ele afirmou que tem mantido diálogo com os governadores e prefeitos. “Eu venho fazendo um trabalho sistemático de diálogo. Por exemplo, na segunda-feira eu visitei o governador do Paraná e o prefeito de Curitiba para conversar sobre os problemas do estado.”
Lei Pelé
O ministro Orlando Silva comentou também as mudanças propostas na Lei Pelé. “O projeto que está sendo examinado no Senado pretende valorizar o clube formador, porque eles não tem qualquer amparo na lei e o investimento que fazem nos atletas não retornam de forma favorável”.
Segundo o ministro, o projeto também tem o objetivo de endurecer a punição aos maus dirigentes de clubes. “O dirigente hoje que tiver uma gestão temerária vai ter que arcar com o ônus e o prejuízo. Inclusive, repercutindo no seu patrimônio pessoal”, afirmou.
O projeto de lei pretende evitar a evasão de jovens talentos do nosso futebol para clubes do exterior logo no início da carreira. A matéria aprovada pela Câmara dos Deputados depende da aprovação do Senado e da Sanção Presidencial para se transformar em Lei. A ideia básica é manter os jogadores mais tempo no Brasil, vinculados aos clubes formadores e próximos às torcidas.