Quilombolas, ribeirinhos, extrativistas, assentados da reforma agrária, povos tradicionais, trabalhadores e autoridades se reuniram nesta quarta-feira (24), em Brasília, no II Salão de Territórios Rurais, para definir políticas para o setor. A previsão é de que o governo invista R$ 27 bilhões, até dezembro, nos Territórios da Cidadania.
O valor representa 71% do que foi gasto nos dois anos do programa, segundo o ministro Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário. De acordo com Cassel, desde 2008, cerca de 120 territórios foram atendidos, com mais de 5 mil obras e serviços executados, o que representa R$ 32 bilhões investidos.
O Territórios foi criado há dois anos e integra ações da União, estados e municípios, levando políticas públicas a áreas mais carentes. Atualmente, está presente em 1.852 mil cidades e atende mais de 42,4 milhões de pessoas, beneficiando quase a metade da população rural do País.
Os recursos para 2010 visam assegurar a avançar no acesso à cidadania e ao desenvolvimento econômico em regiões que mais necessitam, especialmente no meio rural.
Na abertura do encontro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a burocracia, que faz com que o governo libere recursos para prefeituras e depois, quando elas ficam inadimplentes, os recursos sejam bloqueados e precisem ser novamente liberados. O presidente acrescentou que 160 ambulâncias devem ser entregues para cidades atendidas pelo programa e que a farmácia popular tem de estar em todos os lugares onde haja Territórios da Cidadania.