Minério cearense


Cinco empresas nacionais negociam com a Tecer Terminais Portuários o contrato de carregamentos de minério de ferro e manganês do Ceará para exportação.

"São brasileiras, mas vão explorar minério de ferro e manganês no Ceará. Tem uma que vai começar a extrair no segundo semestre. Essa é de Goiás", disse.

O nome das empresas ainda se mantém em sigilo, mas conforme repassou, algumas empresas já solicitaram licença de exploração e estão em fase avançada de negociação com a Tecer.

O Ceará passa por um momento de redescoberta do seu potencial para exploração e exportação de minério. O cenário é considerado favorável em função da grande quantidade de pequenos jazimentos de minério de ferro; produto de qualidade; logística barata e pelo interesse do mercado chinês, conforme vem defendendo o Governo do Estado.

A Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece) estima um potencial de 12 milhões de toneladas por ano de minério de ferro, conforme O POVO informou em reportagem dia 23 de fevereiro.

As empresas interessadas no produto cearense são de Goiás, duas do Bahia, duas do Rio Grande do Norte, e uma local, informou a fonte da Tecer.

Conforme o chefe do distrito Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) no Ceará, há duas concessões de lavra para extração de manganês em Quiterianópolis e Novo Oriente para a Libra & Ligas do Brasil S/A. Mas esses processos são de 1959.

Parceria
A empresa chinea Globest, que realiza a primeira exportação de minério de ferro do Estado, se mantém silenciosa quanto às possíveis parcerias com outras grandes empresas chinesas. O POVO apurou, no entanto, que estão nos planos trabalhar em conjunto. "Não há nada concreto, mas a gente está aberto", afirmou uma fonte ligada à diretoria da empresa.

A Globest investe em um mercado antes desacreditado no Ceará. Mesmo enfrentando dificuldades, a empresa afirma continuar acreditando em bons negócios.

"Não é fácil o que a Globest está fazendo. A gente já acreditava que era possível. Mas o mercado depende de uma série de fatores".

No caso da Globest, foi um pioneirismo. No passado, talvez pensasse duas vezes para fazer. Se analisar que tipo de empresa está no mercado, vai entender que uma experiência dessa só se faz quando se enxerga uma oportunidade. Estamos tentando conseguir o negócio“, declarou.