Os investimentos das empresas estatais federais aumentaram quase 450% nos últimos oito anos. Enquanto em 2001 foram executados no Orçamento de Investimentos R$ 12,979 bilhões, em 2009 esse montante chegou a R$ 71,146 bilhões, quase 5,5 vezes mais. Para 2010, o orçamento prevê investimentos na casa dos R$ 94 bilhões.
As informações são do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest), órgão que faz parte da estrutura do Ministério do Planejamento e é responsável pela coordenação da elaboração do Programa de Dispêndios Globais (PDG) e da proposta do Orçamento de Investimentos das empresas em que a União detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto.
Entre as maiores empresas listadas no documento estão a Petrobras, a Eletrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. A Petrobras está em quarto lugar no ranking das maiores petrolíferas de capital aberto do mundo. Em valor de mercado, foi a terceira maior empresa do continente americano e a quinta maior do mundo, no ano de 2008, com valor de mercado em US$ 295,6 bilhões. Em janeiro deste ano, passou a ser a quarta maior empresa de energia do mundo, em termos de valor de mercado.
Já o Grupo Eletrobrás teve lucro líquido de R$ 6,135 bilhões em 2008 – 296% acima do de 2007, quando atingiu R$ 1,547 bilhões. Em relação a 2007, houve um aumento de 15,7% na quantidade de energia elétrica fornecida em 2008, sendo que o maior aumento foi registrado na classe rural (93,5%).
O Branco do Brasil é destaque no sistema financeiro nacional, sendo o primeiro em ativos financeiros (R$ 342 bilhões), volume de depósitos totais (R$ 172 bilhões), carteira de crédito (R$ 150 bilhões), base de clientes pessoas físicas (23,7 milhões), câmbio exportação (28,1% do mercado), administração de recursos de terceiros (R$ 193 bilhões, o maior da América Latina) e faturamento de cartão de crédito (19,8% do mercado). Em 2009, teve lucro líquido de R$ 10,1 bilhões: crescimento de 15,3% em relação ao mesmo período de 2008 (R$ 8,8 bilhões). No segundo trimestre de 2009, alcançou a sétima posição dentre os bancos mais lucrativos das Américas.
A Caixa Econômica Federal é o maior banco público da América Latina, com grandes operações comerciais, sem perder o lado social. Centraliza operações como FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), PIS (Programa de Integração Social) e Habitação Popular. É agente pagadora do Bolsa-Família, programa de complementação de renda do Governo Federal, e do Seguro-Desemprego. A Caixa atua ainda no financiamento de obras públicas, principalmente de saneamento básico, destinando recursos a estados e municípios. A base de clientes foi expandida em 42% nos últimos dois anos e meio, subindo de 23,1 milhões para 33,6 milhões de pessoas. E mais de 3 milhões de pessoas ingressaram no sistema bancário brasileiro, por meio do programa de conta simplificada, a maior ação de inclusão bancária do País.
Hoje, a União detém participação, direta ou indireta, em 119 empresas estatais, englobando as empresas públicas, as sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, além das demais empresas controladas pela União.
Essas empresas atuam em duas áreas principais: o Setor Produtivo Estatal, atuando na produção de insumos básicos, como petróleo e derivados, na geração e transmissão de energia elétrica, de serviços, de abastecimento, de comunicações, de pesquisas e desenvolvimento e também transportes.
A outra área de grande importância engloba as Instituições Financeiras Federais, onde estão reunidas as entidades que atuam no Sistema Financeiro Nacional, regidas pela Lei 4.595/64, sujeitas às normas e controles do Banco Central do Brasil, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.