O 3º Encontro Sindical Nossa América (ESNA) será realizada nos dias 22 e 23 de julho, em Caracas. Desta vez, o encontro vai anteceder as tradicionais comemorações do aniversário de Simón Bolívar, que ocorre em 24 de julho, em toda a Venezuela.
As deliberações foram tomadas pelo Grupo de Trabalho do Encontro Sindical Nossa América (ESNA), do qual a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) é uma das entidades participantes. O grupo se reuniu na própria Caracas, de 7 a 10 de março, para dar continuidade aos preparativos da terceira edição do evento.
Ficou acertada a realização de um seminário preparatório ao encontro, em 28 e 29 de abril, também na capital venezuelana. Cerca de 60 lideranças sindicais de todo o continente deverão participar da atividade. Existe a possibilidade de esse grupo ser recebido pelo presidente Hugo Chávez no dia 30 de abril.
O secretário adjunto de Relações Internacionais da CTB, João Batista Lemos, fez parte da representação do Grupo de Trabalho, que se reuniu com todas as centrais apoiadoras do processo revolucionário bolivariano. O grupo inclui, ainda, representantes de Unte e de confederações e federações filiadas a ela, assim como os trabalhadores das organizações sindicais filiadas à CST (Central Socialista de Trabalhadores) e a Corrente Classista Cruz Villegas.
Todas as centrais concordaram em dar todo o apoio à realização do Nossa América, que virá em um momento importante para a luta dos trabalhadores venezuelanos. Em busca de construir a unidade da classe, foi formado um comitê organizador executivo venezuelano para preparar o evento junto ao GT.
O Grupo de Trabalho foi recebido por duas autoridades do governo Chávez: o ministro do Poder Popular para Relações Exteriores, Nicolas Maduro, e a ministra do Trabalho, Maria Cristina Iglesias. A reunião com Maduro, segundo Batista, foi extremamente proveitosa. Segundo o dirigente cetebista, o ministro venezuelano deu apoio incondicional para a realização do encontro em Caracas.
“O ministro fez questão de reafirmar a importância do movimento sindical e da força dos trabalhadores no governo do presidente Chávez. E também mostrou que está disposto a colaborar com a estrutura que for necessária para a realização do Encontro”, destacou Batista.
Para Batista, a decisão de realizar o Nossa América na Venezuela “veio em um excelente momento”. Segundo o líder cetebista, “2010 é um ano de importância fundamental para a América Latina, diante das batalhas políticas eleitorais que acontecerão no continente, começando na Venezuela e se encerrando no Brasil, definindo a correlação de forças na região”.