Com o objetivo de contribuir para os debates em relação à Redução da Jornada de Trabalho, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sociais (DIEESE), juntamente com a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e demais centrais sindicais, elaboraram um kit sobre a Redução da Jornada de Trabalho sem redução de Salários.
O material, cartilha da campanha e CD ROM, será entregue aos parlamentares, elucidando, com diversos textos produzidos pelo DIEESE e outros autores sobre os positivos impactos sócioeconômicos que a Redução da Jornada de Trabalho trará para o Brasil.
Segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pelo DIEESE, Fundação Seade e convênios regionais, atualmente o Brasil tem em torno de 3 milhões de desempregados. A implantação de uma jornada mais digna aos trabalhadores e trabalhadores, implica na efetiva geração de 2,5 milhões de postos de trabalho.
Em 2008, data que se comemorou 20 anos da reforma constitucional de 1988 e que a jornada de trabalho no país foi reduzida, o IBGE constatou um crescimento da produtividade que está em torno de 84%.
Diferente do crescimento da produtividade ocorrida nos últimos anos, o salário médio real, não apresentou expansão, pelo contrario, ficou a níveis inflacionários, o que diminui o poder aquisitivo do trabalhador. Aliado a esse fator, existe a falta de limitação para a realização de horas extras. Somente o fim das horas extras já representa a geração de 1 milhão de postos de trabalho.
Assim, é preciso aliar a redução da jornada de trabalho com uma forma (semanal, mensal ou anual) de limitar a realização de horas extras.
A redução da jornada de trabalho, sem redução de salários, provocará um, positivo, efeito dominó na economia nacional. Os trabalhadores ganham com mais qualidade de vida e as empresas com produtividade; os trabalhadores aumentam seu poder aquisitivo e a economia lucra com o aumento do consumo interno; os trabalhadores se beneficiam com a redução dos acidentes e/ou doenças do trabalho e as empresas passaram a ter colaboradores mais presentes e competitivos; e o País ganha com a elevação da arrecadação de tributos.
O crescimento econômico do Brasil não pode parar. Por isso, a CTB vai intensificar sua luta pelo sucesso desta campanha.