Cisternas


Produtores rurais de baixa renda do Ceará receberão recursos para captação, armazenamento e utilização de água para produção de alimentos. O Estado foi selecionado pelo Edital público nº 06/2010 cujo resultado foi divulgado nesta terça-feira (23/3) pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A publicação está disponibilizada no endereço eletrônico www.mds.gov.br/editais.

São R$ 20 milhões do Governo Federal para que o Estado construa a chamada “Segunda Água”, ou seja, uma tecnologia social de acesso à água da chuva para produção de alimentos para o autoconsumo. O projeto prevê a implementação de tecnologias já testadas e comprovadamente de baixo custo e eficiência, de modo que permitam captar e aproveitar, de maneira racional, a pouca disponibilidade hídrica da região do Semiárido.

Os recursos obtidos poderão ser gastos com despesas de capital e custeio, como aquisição de materiais para construção, equipamentos simples e indispensáveis para a irrigação doméstica, guarnição de canteiros para plantio, força de trabalho, máquina para o preparo da área de captação e armazenamento. Pode destinar-se também à aquisição de insumos agrícolas, capacitação e intercâmbio dos agricultores beneficiados. Os gastos relativos à assistência técnica serão custeados pelo proponente.

A região beneficiada deve estar em pequenas áreas com potencial de cultivo pelos agricultores familiares, destinadas à produção de alimentos prioritariamente para o autoconsumo.

Segunda Água – O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SESAN), apoia, desde 2007, a implantação da chamada “Segunda Água” com o objetivo de possibilitar o acesso à água para criação de pequenos animais e cultivo de “quintal produtivo” para populações rurais de baixa renda do Semiárido brasileiro.

São tecnologias apropriadas, de fácil utilização, baixo custo, simples manutenção e alta durabilidade que beneficiam as famílias e a comunidade em geral, além de diversificarem a dieta alimentar. Até 2009, foram investidos R$ 66,5 milhões para a construção de 6.377 unidades.