Um tribunal argelino absolveu três cidadãos do país que estiveram detidos na prisão da base americana de Guantánamo sob a acusação de pertencer a um grupo terrorista no exterior, informou hoje a imprensa local.
Entregues às autoridades de Argel pelo Governo americano, dois dos acusados foram absolvidos por "falta de provas legais e materiais" em relação a sua suposta relação com a organização terrorista Al Qaeda no Iraque e na Síria.
Os dois acusados, que poderiam pegar dez anos de prisão, negaram ter recrutado jovens para enviá-los ao Afeganistão.
O terceiro argelino, que ficou preso em Guantánamo de 2002 até 2008, era acusado de pertencer a um grupo terrorista ativo no Paquistão.
Durante o processo, o acusado reconheceu ter deixado Argélia em 1986, pertencer a uma associação de refugiados e ter participado de treinamentos militares na cidade paquistanesa de Peshawar, mas negou ter participado de ataques contra as forças americanas.
Dos 27 cidadãos argelinos detidos em Guantánamo, dez retornaram à Argélia entre agosto de 2008 e janeiro deste ano.
As autoridades locais não informaram oficialmente sobre estes retornos e seus casos só são conhecidos publicamente depois que comparecem aos tribunais.