A pré-candidata do PT à Presidência da República, ministra Dilma Roussef, recebeu a direção do PCdoB e os líderes do Partido na Câmara, deputada Vanessa Grazziotin, e no Senado, senador Inácio Arruda, para um almoço na residência dela, nesta quarta-feira ().
Este foi o primeiro de vários contatos que a pré-candidata pretende manter com todos os partidos aliados. A escolha do PCdoB como um dos primeiros se deve ao fato dos comunistas serem “aliados históricos” do PT, justifica o presidente do partido, José Eduardo Dutra, que participou do almoço. PT e PCdoB estão juntos desde 1989, no cenário nacional e nos estados.
O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, saiu da reunião adiantando a decisão do PCdoB de promover um grande ato de apoio formal à candidatura de Dilma Roussef. Sem data definida, o evento deve ocorrer no início de abril. Ele lembra que esses contatos já vinham ocorrendo antes mesmo da formalização da pré-candidatura. E que as conversas giram em torno das propostas de campanha. O PCdoB manifesta a necessidade de, em um governo Dilma Roussef, serem estimulados os investimentos na produção.
A ministra tem recebido as propostas do PCdoB como uma comunhão das ideias do PT para o seu governo. Os dirigentes petistas e comunistas também avaliam que o governo Dilma terá condições de avançar nas conquistas e vitórias dos sete anos do governo Lula: “Dilma vai dar continuidade ao governo Lula, atuando com profundidade em várias outras questões. É importante destacar que existe afinidade entre os dois partidos desde a primeira candidatura de Lula, em 1989. Portanto, é fundamental empreender esforços para viabilizar essa aliança”, avaliou Inácio.
A líder do PCdoB na Câmara, Vanessa Graziottin (AM) tem a mesma impressão. Segundo ela, o mais importante é assumir um compromisso de ajuda mútua para garantir a eleição, não apenas da Dilma, mas de governadores e uma grande bancada, que vão garantir a governabilidade.
Também participaram do almoço a vice-presidente do PCdoB, Luciana Santos; o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, o ministro do Esporte, Orlando Silva, o secretário de Organização, Walter Sorrentino, e o líder do Bloco de Esquerda na Câmara, deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA).
Do PT, participaram, além da própria pré-candidata, o presidente do Partido, José Eduardo Dutra, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vacarezza (SP), o ministro das relações Institucionais, Alexandre Padilha e o ex-prefeito de Belo Horizonte (MG), Fernando Pimentel.
Antes do encontro com a Ministra, o senador Inácio Arruda teve participação decisiva na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde após longo debate, foi revista a decisão da CCJ de convocar a ministra Dilma para falar sobre o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3).
A decisão da CCJ foi tomada a partir de requerimento do líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR) propondo que, em substituição a Dilma Rousseff, o ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, comparecesse para debater a juridicidade e a constitucionalidade do decreto que criou o PNDH-3, pois não é atribuição da Casa Civil tratar dos assuntos relacionados no programa.