O Maranguapinho é o maior afluente do Rio Ceará. Em Fortaleza o rio atravessa 12 bairros populosos, entre eles a Granja Portugal, Autran Nunes e o Canindezinho. O problema é que durante o período da quadra chuvosa, cerca de 30 mil famílias, que moram às suas margens tem suas casas invadidas pela água.
Para reverter esse quadro, uma barragem está sendo construída e a previsão é de que a obra fique pronta até dezembro deste ano.
Segundo o secretário estadual das Cidades, Joaquim Cartaxo, 20 mil famílias serão beneficiadas com a nova barragem, mas outras 10 mil continuarão em área de extremo risco e deverão ser reassentadas.
O rio nasce na Serra de Maranguape e passa por outros três municípios – Maracanaú, Caucaia e Fortaleza. Em suas margens, residem milhares de famílias carentes, sendo que 90% na Capital. A obra está sendo construída em uma área de 306,84 hectares, entre os municípios de Maracanaú e Maranguape, com o volume de acúmulo de 9,3 milhões de m³.
O objetivo é contribuir para redução da faixa de alagamento do rio em período de cheia, evitando que cerca de 30 mil famílias tenham suas casas invadidas pela água. O valor do investimento é de R$ 61,8 milhões com recursos do Governo do Estado.
Na manhã de ontem, os secretários das Cidades Joaquim Cartaxo, e da Infraestrutura, Adail Fontenele, e o prefeito de Maranguape, George Valentim, visitaram a obra para avaliar o andamento do projeto. Segundo Cartaxo, tudo está encaminhado conforme o cronograma e previsão é de que a barragem fique pronta até dezembro deste ano.
Entretanto, quando se fala em quadra invernosa, ele recua, e ressalta que a processo pode atrasar dependendo da intensidade das chuvas.
O conjunto de intervenções do projeto Maranguapinho, beneficiará cerca de 350 mil pessoas que residem na Bacia daquele rio. Para isso serão investidos R$ 497,5 milhões do Governo Federal, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e do Estado.
Além da construção da barragem, esgotamento sanitário, construção de equipamentos de lazer e a despoluição do Rio, o projeto irá entregar nove mil casas com para a população que mora em áreas de risco. Segundo Joaquim Cartaxo, já foram entregues 69 residências no Bom Jardim e em março serão entregues mais 200. "O intuito é acabar com as áreas de risco e reduzir a possibilidade de alagamento às margens do rio".