Gripe suína


O Brasil está comprando 83 milhões de doses da vacina contra o vírus da gripe A (H1N1) – conhecida como gripe suína -, que serão utilizadas em uma campanha de vacinação programada para o período de março a abril deste ano, segundo informou hoje o Ministério da Saúde.

De acordo com nota distribuída à imprensa, a aquisição, a um custo de R$ 1 bilhão, resulta de contratos fechados com três diferentes fornecedores: o Fundo Rotatório de Vacinas da Organização Pan Americana de Saúde (Opas), o laboratório britânico Glaxo Smith Kline (GSK) e o laboratório francês Sanofis-Pasteur, que tem acordo com o Instituto Butantan, de São Paulo, para transferência de tecnologia relacionada à produção da vacina.

As remessas das doses ao Brasil serão feitas escalonadamente, segundo a nota do Ministério da Saúde, responsável pela distribuição das vacinas aos Estados. O governo comprou também 83 milhões de seringas e agulhas, a um custo de R$ 40 milhões.

Pelo contrato mais recente, assinado na última semana, o Fundo Rotatório de Vacinas da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) fornecerá 10 milhões de doses para o Brasil, por US$ 70 milhões de dólares (US$ 7 por dose).

Em novembro, o Brasil já havia adquirido do GSK 40 milhões de doses (US$ 257,2 milhões, ou US$ 6,43 por dose). As outras 33 milhões de doses virão do Sanofis-Pasteur, via Butantan a um custo unitário de US$ 7,6.

Hoje, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou hoje que começou a receber as primeiras doses da vacina. Desde o dia 30, chegaram ao Instituto Butantã 5,6 milhões de doses. As remessas da Opas e do GSK estão previstas o período de janeiro a março.

Os detalhes da estratégia nacional de vacinação serão anunciados pelo Ministério da Saúde até o início de fevereiro. Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, do ministério, Gerson Penna, não há, neste momento, distribuição da vacina em nenhum Estado, e ela só começará "quando houver estoque suficiente para viabilizar a estratégia de vacinação simultaneamente em todo o País."

Na vacinação, terão prioridade grupos minoritários como grávidas, trabalhadores de saúde envolvidos no atendimento aos pacientes, crianças de 6 meses a 2 anos, indígenas e pessoas com doenças crônicas pré-existentes (cardíacas, pulmonares, renais, metabólicas etc.).