Passa bem e poderá receber alta nos próximos dias o primeiro paciente submetido a um transplante de pâncreas no Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Na mesma cirurgia, Marcelo Tagliabue, 34, também foi submetido a um transplante de rim. A operação, realizada no último sábado pela equipe formada pelos cirurgiões Ronaldo e Romero Esmerado, Ivelise Brasil e André Castelo, teve seis horas de duração. O paciente era acometido pela diabetes desde os oito anos de vida.
Dependente de insulina desde então, há oito meses Marcelo havia começado as sessões de hemodiálise, uma vez que a doença havia se agravado chegando ao estágio de insuficiência renal. Ontem, dois dias após receber os novos órgãos, Tagliabue, que é italiano com dupla cidadania, e vive há cinco anos em Fortaleza, disse se sentir um “afortunado“, uma nova pessoa e em ótimo estado.
Para ele, o transplante lhe deu nova expectativa de vida. Desconforto, apenas por conta de uma dor de estômago, que conforme diz, é resultante da fome que vem sentindo por ainda não poder receber alimentos. Conforme o médico Ronaldo Esmeraldo, chefe da unidade de transplantes renais do hospital, por enquanto ele é mantido apenas com soro e a medicação para evitar rejeição. A cirurgia, avalia Esmeraldo, foi muito bem sucedida, uma vez que o pâncreas funcionou imediatamente após o procedimento.
O médico explica que nas primeiras duas horas, os níveis de glicemia do paciente que antes oscilavam entre 300 e 350, caíram para 80 a 100. Porém, ele alerta que toda a equipe de transplante hepático e de pâncreas.